Griffith mais uma vez. E não é a última ainda. Dos sete filmes até agora mostrados na coluna, três foram dele. Mas diferente de Intolerância e O Nascimento de uma Nação, Lírio Partido é um filme intimista. É também o filme mais bonito do diretor, senão o melhor.
Monge budista que perdeu a fé e garota que vive apanhando do pai embriagado se encontram por acaso e se apaixonam. Um amor impossível. Ou pelo menos proibido. A religião e a diferença de idade os impedem de ficar juntos, mas a vontade e o desejo são perceptíveis.
Lírio Partido é uma das parcerias de Griffith com Lilian Gish. O rosto da atriz exibe uma beleza e inocência apaixonantes. Ela realmente parece uma menor de idade e é fácil compreender a paixão do chinês por ela. O contrário também se dá por conta do cuidado e do carinho com o qual ele a trata.
Impressionante como Griffith funciona melhor com um filme menor, com apenas dois cenários e poucos atores. Ainda mais ao construir uma dicotomia entre o visual dos cenários e a vivacidade dos atores. Um equilíbrio interessante entre o tom monocromático da Londres retratada e das técnicas de fotografia que dão destaque às feições dos artistas.
Pode ser visto completo abaixo.
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FANTASTIC…