O Fantasma da Ópera é um desses casos interessantes de obra original que ficou mas famoso como musical. O livro de horror de Gaston Leroux ganhou o teatro musical e, na adaptação, ganhou contornos mais complexos e interessantes. Justamente por isso, esta versão, considerada a mais fiel à literária, parece vazia em relação ao que veio depois.
Nas catacumbas de Paris, antes da revolução industrial, o fantasma da Ópera assombra o teatro da cidade. Enquanto isso, uma das bailarinas menos famosas da casa, Christine Daae, começa a despontar como uma potência na arte do canto. Ela acredita ser ensinada por um anjo, que exige que ela se dedique apenas a ser uma cantora, e que abdique do relacionamento com o magnata Raoul de Chagny.
Com base no livro original, o fantasma nada mais é que um homem monstruoso e assustador que quer escravizar o amor de Christine. E o filme é isso, um filme de monstro. Um dos clássicos da Universal da década de 1920, com trama e conceito fracos.
No entanto, ainda impressiona pelo nível da produção. Os cenários são detalhados e grandiosos, cheios com figurantes. Surgem cenas antológicas como o baile de máscaras, filmado em technicolor de duas cores. O visual é estonteante e a presença do Fantasma, vivido pelo melodramático Lon Chaney, é marcante.
As cores vibrantes e o estilo fazem com que uma assistida rápida valha a pena, mas certamente não se trata de uma das melhores versões da história, que ganhou contornos mais ricos mais tarde. Veja abaixo.
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