Essa terceira participação dos monstros clássicos da Universal nesta lista é, até o momento, o melhor do conjunto. Enquanto o Fantasma da Ópera foi melhorado infinitamente pela adaptação para o teatro musical e o Drácula não escapa de diálogos contidos, esta adaptação do romance de Mary Shelley continua com qualidade.
Isso porque o filme dirigido por James Whale captura o que há de mais importante no imaginário da criatura, um ser ingênuo e poderoso que é perigoso justamente por essa mistura. O chamado monstro de Boris Karloff acidentalmente mata uma criança por ignorância do que faz depois de ter assassinado dois homens que o atacavam diretamente.
Ele não é apenas monstruoso, bestial e aterrador, mas singelo e inocente. E é isso o que faz com que o horror ocorra em tela. O espectador se simpatiza, assim como teme pelas vítimas do monstro. Isso, somado ao visual da cabeça chata, as sobrancelhas projetadas e os parafusos no pescoço fizeram de Frankenstein um conceito imortal.
Além disso, há tantas coisas neste filme que são referências, como a projeção das sombras da turba que perseguem a criatura, os movimentos quase robóticos de Karloff, o moinho em chamas. Isso sem que o estilo da época transpareça em ritmo, o que é raríssimo. Aqui e ali alguns efeitos estão ultrapassados, mas vale assistir apesar disso.
1 comentário em “56 – Frankenstein”