É quase assustador admitir, mas esse desafio de assistir a esses 1001 Filmes revelou uma infeliz desilusão do cinema de Charlie Chaplin. Com origens no teatro circense, ele fazia com que os filmes dele tivessem uma sequência de esquetes cômicas entre as quais as histórias meio que escorregavam.
Aqui, ele faz com que Carlitos, o vagabundo, se apaixone por uma florista cega que acredita que ele é rico. No meio tempo, ele cria uma amizade com um suicida rico. As duas situações se interpolam para que a confusão continue.
Segundo boatos, o diretor atrasou a produção do filme por meses até descobrir como mostrar ao espectador a confusão da mocinha sem falas. Em grande parte porque Chaplin acreditava que o advento do som seria um assassinato para a arte do cinema.
Assim, criou o que talvez seja o fim mais belo e tocante da carreira. Infelizmente, do começo inventivo até a beleza final, o filme pausa a história inúmeras vezes para esquetes que, mesmo hilárias, fazem com que a narrativa se perca.
Destaque para a hilária e extraordinariamente coreografada luta de boxe próxima do final do filme. Veja a obra completa abaixo.