Possessão, ou a arte de curtir um filme ruim.

Ontem tive a maravilhosa oportunidade de assistir o Jeffrey Dean Morgan e a Kyra Sedgwick passarem vergonha para poder pagar seus aluguéis. Vergonha mesmo, não consigo encontrar outra palavra para a experiência desses atores em Possessão, que estreou nessa sexta-feira passada.

Não vou negar que assisti o filme já sabendo que seria ruim, mas às vezes me surpreendo como eles conseguem ser podres. Já não basta ter a cretinice de ter o mesmo nome que um grande clássico do terror de 1981, o filme ainda tem que ser horrível.

Vi o trailer dessa coisa por acidente na fila da pipoca antes de ver Skyfall. O trailer gritava baixa qualidade do começo ao fim. E de repente surge um take de dedos surgindo dentro da garganta de uma menina. Eu precisava ver aquele take no cinema. Era hilário.
Então por que ver o filme? Porque eu sabia que iria me divertir. E o filme não me decepcionou. De tão ruim, passei uma hora e meia rindo feito um bobo. Montagem maluca, história sem sentido, continuidade aleatória, fotografia cinza, direção de arte que não sabe que filme está fazendo, às vezes é um filme moderno, outras é expressionismo. E o melhor, uma tosqueira sem tamanho. Os diálogos parecem feitos pra fazer piada, é sensacional.

Com o tempo fui aprendendo a apreciar todo tipo de filme. Filmes bons não precisam de explicação, filmes difíceis possuem uma graça toda especial uma vez que você percebe suas qualidades. Mas filmes ruins…
Filmes ruins podem fazer duas coisas por você. Acrescentar uma hora ou mais de sono nessa vida movimentada, ou fazer você rir mais que uma comédia. Possessão se encaixa no segundo perfil, por isso recomendo para quem curte essas besteiras, assim como eu.
GERÔNIMOOOOO…