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Sem Limites

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Não assisti a Sem Limites no cinema. A premissa parecia ser muito limitada e é tão errada cientificamente que incomoda. Mas os atores são convidativos e muita gente falou bem. Ainda assim, precisei de aproximadamente dois anos para criar coragem e sentar pra assisti-lo.

Um escritor sem nada escrito encontra com um ex-cunhado que era traficante. O cara está arrumado e parece estar ótimo. Quando se abre em relação a seus problemas, recebe uma pílula e a promessa de mudança de vida. A pílula estimula conexões nervosas e faz com que o cérebro saia de seus 10% de uso para chegar a 100.
Sempre que um filme usa essa premissa do cérebro usando 10% do potencial eu já fico com um pé atrás. A teoria de que nós não usamos tudo do nosso cérebro já foi comprovada errada a muitas décadas. O fato de que a base da história é essa demonstra de antemão que é um filme sem pesquisa de referência.
É interessante ver o personagem se desenvolvendo ao ficar mais inteligente. Sua percepção de mundo se transforma. Para demonstrar isso, o diretor Neil Burger faz um jogo de lentes bem divertido somado a diversas brincadeiras com sobreposição de imagem.
O filme fica divertido por conta do suspense bem mantido. Mas o final é uma besteira tão grande que fica apenas nisso, uma diversãozinha vazia e boba, tão limitada quanto o trailer fazia parecer. Durante a primeira metade quando o diretor brinca com a linguagem é mais legal, mas se perde do meio para o final. Ainda é um suspense bacana.
 
ALLONS-YYYYYYYY…

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