Eu sinceramente não me interessei por esse filme. Nem um pouco. Apesar de um dos diretores ser o Chris Sanders, responsável por Como Treinar o Seu Dragão e Lilo & Stich (filmes cujos quais gostei muito, preciso inclusive fazer um post sobre o segundo). Os Croods definitivamente não despertou, em mim, interesse algum. Mas por que diabos assisti ele agora? Dois motivos: nada para fazer e a indicação ao Oscar de Melhor Longa de animação de 2014. Ao olhar a lista dos indicados, lá estava ele. Fiquei muito curiosa e cá estou.
Os Croods (The Croods), filme de animação lançado em março do ano passado, foi produzido pela DreamWorks Animation. Inicialmente seria feito pela Aardman Animations como parte de um acordo de cinco filmes. O filme foi anunciado para 2005 em stop motion. Porém, a Aardman abandonou a produção e os direitos voltaram para o estúdio de origem. Chris Sanders, então, juntou-se à equipe para reescrever o script, mas Os Croods ficou na espera pois Sanders havia assumido a direção de Como Treinar o seu Dragão. Nisso o filme foi adiado diversas vezes e finalmente foi lançado em outubro do ano passado.
Basicamente, a história contada é de uma família que costuma seguir os seus costumes e as ordens do patriarca. Ordens e regras muito claras a respeito da sobrevivência do grupo familiar, composto por um casal, três filhos e a sogra. O pai, Grug, é um conservador e não está nem um pouco aberto à mudanças ou modernidades. Acredita que as suas medidas de segurança não devem mudar já que funcionaram até agora. Isso tudo ambientado na era pré- histórica. A mais velha, Eep, detesta ter que se privar das descobertas do mundo exterior à caverna em que vivem. Certo dia ela houve algo na mata, contrariando as regras de seu pai, sai e se depara com um outro humano. Guy é um cara moderno e prefere usar a inteligência e astúcia à força bruta. Ele alerta Eep acerca do que está por vir, a destruição do habitat deles. Mesmo nao gostando do rapaz, Grug se vê obrigado a aceitar as ideias do rapaz após a destruição de sua caverna. A partir daí, a família e Guy saem em busca do amanhã, que seria um lugar melhor para todos morarem.
Na versão original os principais dubladores são o Nicolas Cage como Grug, a Emma Stone como Eep e o Ryan Reynolds como Guy.
A história é interessante. É colocada uma questão pertinente para todas as gerações e épocas. É difícil aceitar o novo quando se está acostumado, ou até mesmo acomodado, com o que já conhecemos. No caso de Grug, ele acredita piamente que somente as suas regras estão certas, fica difícil aceitar as ideias de Guy para uma vida melhor em um novo lar.
Uma nova perspectiva sobre a pré história é contada com humor e muita criatividade. Há um desfile de vários animais diferentes claramente inventados pelo roteirista, como uma mutação de baleia com pés que vive fora da água ou um leopardo com a cabeça desproporcional ao corpo e com cores que lembram mais uma arara. Ninguém pode culpá-lo por tanta imaginação, quem garante realmente que não existiram esses animais.
Apesar de ter apreciado, não acredito que este filme seja páreo para os seus concorrentes. Dentre eles estão Frozen – Uma Aventura Congelante, Meu Malvado Favorito 2, Ernest & Celestine e o Japonês The Wind Rises, esses dois últimos ainda pretendo criticar antes da premiação que será no início de março.
Grande Beeeijo!
É um filme muito bom, mas os clichês que apareceram aqui e acolá não o tornam concorrente para os outros. Concordo com você.