Mais do mesmo. Se fosse para resumir “A Escolha” em poucas palavras, seriam estas. Para os fãs do gênero, isso pode ser bom. Para quem espera originalidade do enredo, nem tanto. O longa é baseado em livro homônimo de 2007, do incansável escritor Nicholas Sparks, que já teve outras obras adaptadas para o cinema, tais como os memoráveis “Um Amor para Recordar” (2002) e “Diário de Uma Paixão” (2004). Em 2013, com a adaptação de “Um Porto Seguro”, Sparks estreou também como produtor executivo, função que acumula desde então.
Na mais recente produção do gênero, Travis (Benjamin Walker) é um típico galanteador, que foge de qualquer compromisso amoroso. Já Gabby (Teresa Palmer), a garota nova na cidade, é bonita, bem sucedida e namora Ryan (Tom Welling), um cara bonito e bem sucedido. Mas há um detalhe. Travis e Gabby são vizinhos. E Travis, ao conhecer Gabby, começa a duvidar de suas convicções. Não é preciso dizer mais nada. Você, leitor e espectador, com certeza já imagina por quais caminhos essa história vai enredar. Faz parte da magia da indústria cinematográfica americana.
A fórmula dos livros (e, consequentemente, dos filmes) de Sparks é mundialmente conhecida e já existia antes de ele nascer. Garoto conhece garota. Se apaixonam. Existem dificuldades para ficarem juntos. Eles superam as dificuldades e acabam conseguindo ficar juntos. Final feliz? É aí que você se engana! Quem acompanha os lançamentos de Nicholas Sparks, sabe que quase todas as suas histórias possuem um “quê” de tragédia. Em “A Escolha”, não é diferente.
Com atuações rasas – consequência de personagens rasos – e repleto de estereótipos de comportamento, condição social e aparência, é um melodrama que não impressiona. Porém, há de agradar aqueles que são fãs do escritor. E, apesar de todas as obviedades, estereótipos e clichês que existem no enredo, é um filme que não deixa de arrancar algumas lágrimas do público. E quem não gosta de se emocionar com uma linda história de amor? Portanto, parabéns, Nicholas! Sua fórmula funciona.