Desabafo cinéfilo – A prática da Globo de cortar filmes

A grande maioria (se não todos) os filmes exibidos no canal aberto da Rede Globo têm partes que não agradam a emissora cortadas ou, simplesmente, trechos são removidos para que as obras caibam em seus horários. Cada vez incomoda mais os espectadores com maior exigência, que deixam de assistir ao canal. Em tempos de Netflix, entre outras opções de como as TVs pagas e seus preços para todos os gostos, a TV aberta está em vias de ficar abandonada.

Ao manipular um longa-metragem excluindo partes ou transformando em minissérie,  a essência da história contada é removida. É uma forma de enganar o público para render mais com os filmes. Embora todos, sem exceção, os filmes com a  marca da Globo sejam comerciais, eles também são arte.

Tim Maia foi lançado no ano passado e é baseado no livro Vale Tudo – O Som e Fúria de Tim Maia, de Nelson Motta. A cinebiografia foi exibida pela emissora como minissérie no início deste ano. O diretor do filme, Mauro Lima, escreveu em uma rede social para sugerir que o público não o assistisse neste formato. Segundo Lima, trata-se de um subproduto, “Não escrevi daquele modo, nem dirigi ou editei.”. Houve também indignação entre os fãs do cantor. Cenas e diálogos foram manipulados a fim de amenizar os problemas cujos quais Roberto Carlos tinha com Tim no início de sua carreira.

Essa manipulação não é somente um privilégio da Globo. Toda a TV aberta o faz, assim como diversas pagas também. Vai do espectador não se deixar levar por opiniões direcionadas à grande massa.