Brilho Eterno de uma Mente sem Lembrança é uma obra-prima. É, de longe, um dos filmes com a linguagem experimental mais acertada dos últimos quinze anos. Tanto no roteiro quanto na direção e na montagem. Não é válido apenas pela experiência em si, mas pela forma como ela é diferente e ainda assim acrescenta à trama. Uma trama muito boa e criativa individualmente, que funcionaria mesmo sem a linguagem arrojada.
Mergulhado no labirinto das lembranças e do próprio subconsciente, Joel já compreendeu que a ex-namorada Clementine some gradualmente da memória dele. Enquanto revive o namoro de trás para frente, um dos raros personagens sérios do Jim Carrey passa a ter prazer de ver a antiga amante desaparecer enquanto as brigas do final do relacionamento são revividas e apagadas.
Até a última vez que eles tiveram um momento íntimo e bom.
Debaixo do cobertor, Joel observa Clementine enquanto ela se abre sobre a baixo auto-estima que ela carregou da infância. Enquanto ela some aos poucos, com o áudio do filme distorcido em ecos e a atriz Kate Winslet propositadamente fora de foco, Joel relembra do amor que sente por Clementine. A frase que dá nome à cena explicita o sofrimento de perder um amor sincero.
Um belo trabalho tanto de escrita do roteirista Charlie Kaufman, quanto de direção do Michel Gondry. Veja a cena abaixo. [youtube=https://www.youtube.com/watch?v=tKN0VFCZB9w]
FANTASTIC…
Fantástico mesmo. Embora estejamos acostumados com Jim Carrey em filmes de comédia (e ele super combina com o gênero) ele fez um ótimo trabalho com nesse filme. Muito bom , vale super a pena assistir.