Outra primeira vez nessa mostra Mondo Tarantino. Um exploitation. Eu adoro o gênero. Para mim é só diversão e esse Black Mama, White Mama é um ótimo exemplo. Duas prisioneiras de um presídio feminino, uma prostituta e uma revolucionária, fogem juntas e algemadas. Em meio a tudo isso, erotismo e violência. Quanto mais melhor.
Já começa com as duas sofrendo assédio na prisão por conta de uma das guardas. Daí é nudez e tentativas de abuso por mais ou menos uns vinte minutos, até a fuga das duas. Não que a nudez e o sensacionalismo acabem, eles apenas mudam.
A melhor parte do filme é o cotidiano das duas na prisão e a exploração da tal guarda, que aparentemente se apaixonou por elas. Eu fiquei com um sorrisão aberto durante toda essa parte. Quando elas fogem, começam a ser procuradas por bandidos, cafetões, a polícia e rebeldes políticos.
Daí o ritmo vai pro diabo. Um monte de cenas com as duas sem que quase nada aconteça intecaladas com o desenvolvimento da trama com todas as pessoas perseguindo-as. Tudo estereotipado e exagerado, como manda o gênero. O líder revolucionário se chama Ernesto, o seu maior seguidor usa roupa sadomasoquista. O vilão usa roupa estilo western brega. O outro vilão tem cara de sapo, pançona e protagoniza as cenas mais nojentas, como a cena em que uma prostituta tem que lamber sua barriga.
As protagonistas Pam Grier e Margaret Markov são lindas, poderosas, falam palavrão como marinheiros e mostram os seios aqui e acolá. Nada melhor para esse tipo de filme.
O que mais surpreende é a qualidade. O diretor tem uma noção de enquadramento impressionante, explorando a profundidade e criando molduras dentro da tela. E o roteiro é muito bom também. Cria cenas divertídissimas, com conflitos internos que prendem a atenção. Não fossem os problemas com o ritmo, seria redondinho.
Diversão a toda prova, apesar de cansar em algumas partes.
GERÔNIMOOOOOOOOOOO…