Quando conferi o trailer deste Caminhando com Dinossauros, a impressão pessoal foi de que parecia um misto daquela animação da Disney, Dinossauro, com Em Busca do Vale Encantado. Logo nos créditos iniciais do filme, quando vi a logo da BBC é que fui entender em qual cilada tinha caído.
O filme acompanha um adolescente aprendendo com um pássaro a história por trás de um dente de dinossauro fossilizado. O filme volta para a época dos répteis gigantes e acompanha as aventuras de um paquirinossauro, um bicho muito parecido com o tricerátopo.
A BBC é um dos maiores produtores de documentários do mundo. Sempre com imagens esplendorosas e muito conteúdo. Também é a maior produtora de obras de ficção do Reino Unido. Por algum motivo, tentaram criar uma obra de ficção infantil nos cinemas com a equipe de documentários.
O filme tem um começo bobo apresentando esse adolescente. Então o pássaro começa a narrar toda a trama. Literalmente, estamos vendo as coisas acontecendo e o maldito do bicho fica descrevendo exatamente o que acontece. É tão super-expositivo que trata até crianças como seres não pensantes.
Por algum motivo, os dinossauros se comunicam com diálogos sem mover a boca. Parece que os animais estão fazendo telepatia. Lembra muito A Marcha dos Pinguins, com a diferença de que aquele filme era um documentário que utilizava diálogos sobre postos para explicar seu objeto de estudo. Aqui não faz sentido porque os dinossauros são feitos em computação e o filme é uma obra de ficção. Piora muito quando esse recurso é feito com falas bobas, piadas sem graça e muito cansaço do espectador.
Mas o visual é incrível. É um enquadramento bonito atrás do outro. E os efeitos especiais são assustadoramente realistas. Os bichos parecem de verdade até nos mínimos detalhes. Até as menores escamas parecem reais. Mesmo quando o take tem um plano detalhe de uma parte de um dinossauro.
Incomoda ser para crianças menores de cinco anos, normalmente são filmes mais ingênuos e desinteressantes, mas se focar mais nos efeitos e pouco na forma de contar a história não ajuda. Pelo menos o roteiro tem uma estrutura redondinha, com uma jornada do herói bem fechada.
O triste é ver uma participação ínfima e ridícula do Karl Urban como o tio paleontologista do adolescente chato. Enfim, talvez seus filhos de cinco anos para baixo gostem. Mas certamente não é para crianças mais velhas.
FANTASTIC…
Muito bom !
Eu e meu filho gostamos mto