Quer se sentir velho? Basta pensar que, agora que o quinto (e tomara que último) filme dos Piratas do Caribe é lançado nos cinemas, o original, A Maldição do Pérola Negra, tem aproximadamente 14 anos de idade. Inspirado em atração dos parques da Disney, a aventura criada pelo diretor eclético Gore Verbinski, pelo produtor explosivo Jerry Bruckheimer e pelos roteirista de Aladdin, entrou no imaginário popular global e criou um dos personagens mais icônicos da arte.
Hoje, o capitão Jack Sparrow já foi usado e gasto à exaustão. Inclusive pelo próprio ator que fez dele tão memorável, o Johnny Depp. Mas, em 2003, quando ele foi descoberto pela audiência, só era sabido o nome do protagonista e que ele estaria ao lado do Legolas e da nova queridinha de Hollywood.
Eis que, logo no começo do filme, desembarca em Porto Royal Jack Sparrow, em uma cena tão memorável quanto ele mesmo.
Eis uma cena que faz tudo certo. O texto demonstra em poucas palavras o que é o personagem. Falho a ponto de estar com um barco que afunda, mas preciso a ponto de pará-lo perfeitamente na baía antes de caminhar pelo píer. A primeira coisa que faz ao chegar em Porto Royal é subornar um homem para, logo em seguida, roubar mais do que gastou.
Até hoje conhecida, a música tema do personagem, composta por Hans Zimmer e Klaus Badelt, exprime o sentimento de aventura que será vista pelo filme. E o diretor Gore Verbinski não se importa em usar ângulos fantasiosos. Afinal, é uma aventura fantasiosa. A ponto de, em um plano Jack estar com a perna esquerda esticada e, no próximo, pisar com a direita. Não importa, o que é relevante é o efeito criado junto com Sparrow.
Ainda hoje, com quatro continuações e 14 anos de histórias (Sparrow já teve jogos de videogame, livros e por aí vai), A Maldição do Pérola Negra ainda é o melhor dos filmes com o título Piratas do Caribe. Felizmente, não importa quantas sequências ruins sejam lançadas, elas não são capazes de manchar a experiência de assistir ou reassistir à primeira aparição do capitão fora-da-lei.