É difícil encontrar alguém que não tenha gostado de O Cavaleiro das Trevas. Apesar de alguns defeitos (Nolan não sabe dirigir ação e não se importa de deixar buracos de roteiro para todo mundo ver) o filme é uma obra prima rara. Daquelas que se percebe enquanto passa.
Continuação do ótimo Batman Begins, O Cavaleiro das Trevas era superior em todos os sentidos. A trama era mais densa, complexa, significativa. Nolan diminuiu o escopo do conflito de uma organização secreta para um choque de personalidades contrárias e fez com que o conflito soasse maior. Sai a confusa reviravolta de homens “imortais” para um criminoso que é mais uma ideia que um homem. Melhor ainda, a Maggie Gyllenhaal deu alguma profundidade para a personagem Rachel, que era uma folha de papel no primeiro filme.
Até a cena do interrogatório, quando o herói questiona o Coringa do Heath Ledger, o filme era um filme de policial divertido. Mas, mesmo preso, o vilão sequestrou o melhor promotor de Gotham City e a noiva dele, também promotora e interesse do Batimão. Na tentativa de tirar a localização dos dois do palhaço insano, Batman descobre, junto com o espectador, que as coisas não são tão simples.
Não há uma trama para matar o herói, nem o Coringa é um bandido qualquer. Ele é uma ferramenta que força os limites da justiça, dos ideais do Batman e da civilização. Desta forma, ele está além das forças e do sistema. Bater nele não tem efeito, ameaçá-lo não leva a nada. Ao final, quando ele fala o que os outros querem ouvir, não é porque eles perguntaram, mas porque ele tinha um objetivo.
Então, vamos destacar duas falas da cena. Primeiro “Eu não quero te matar. O que eu faria sem você… Você me completa”. Depois “Você não tem nada para me ameaçar. Nada a fazer com toda a sua força”. Apenas brilhante. Veja abaixo. [youtube=https://www.youtube.com/watch?v=X7LsBMA-rKg]
FANTASTIC…