Com a chegada do terceiro capítulo da franquia Carros ao cinema, vale lembrar que nem só de Pixar se fazem boas animações por computação gráfica. Este Sing não só foi um exemplo disso, em 2016, como também foi uma das poucas produções da Illumination com qualidade.
Em especial, porque é um dos poucos do estúdio com o mínimo de qualidade de roteiro. Aqui isso pode ser notado em uma das cenas mais engraçadas e inteligentes da produção. Na virada do segundo para o terceiro ato, quando os personagens perdem a esperança de alcançar os objetivos, é preciso surgir algo novo que vai mostrar uma última oportunidade.
Note como essa cena o faz com muita graça. Em grande parte porque Sing é uma comédia escrita e dirigida por Garth Jennings, um diretor de comédias que sabe usar os aspectos técnicos em favor do riso. A música clássica comenta com ironia a tragédia pessoal da perda do protagonista, Buster Moon, enquanto ele se submete a recomeçar de baixo.
O coala dublado por Matthew McConaughey perdeu o teatro do qual era dono e não conseguiu organizar o grande espetáculo que sonhava em montar desde que era criança. Então, depois de fazer rir com todas as perdas do personagem, o filme se permite ser “brega” para, com emoção sincera, apresentar uma nova possibilidade para ele.
É simples e feita para ser divertida, mas a cena funciona muitíssimo bem dentro do desenvolvimento narrativo do filme. Veja abaixo: [youtube=https://www.youtube.com/watch?v=bCOc7VCSox4]