Uma das partes mais divertidas do Mondo Tarantino tem sido descobrir novos filmes na hora em que os assisto. Exige ainda mais atenção tentar decifrar uma proposta e um contexto enquanto assisto o filme. E os títulos não costumam ajudar. Foi assim com Jejum de Amor e foi de novo com Cinco Covas no Egito.
Pelo título, pensei nos filmes pulp de 1930 a 1940. Ledo engano, Cinco Covas no Egito é uma obra sobre a Segunda Guerra Mundial e a disputa por territórios no Egito.
Soldado inglês fica perdido sozinho no deserto e é salvo por um dono de um hotel. Quando os alemães tomam a cidade, ele se passa por um atendente do estabelecimento e começa a trabalhar como espião.
Poderia dizer que falar mais que isso seria revelar demais, mas acho que já o fiz na sinopse do parágrafo anterior. Billy Wilder conduz uma reviravolta atrás da outra. Numa hora o soldado, John Bramble, está num tanque na guerra, na outra está usando o uniforme do hotel.
O suspense é sustentado com inteligência. Como na cena em que se esconde com a farda inglesa atrás de um balcão em uma sala cheia de soldados alemães. Wilder vai provocando aos poucos o espectador com a possível descoberta do herói.
A trama se complica cada vez mais, seja com intenções secretas de personagens secundários, seja com a chegada dos soldados britânicos capturados pelos alemães.
Roteiro inteligente com direção esperta. Cinco Covas no Egito é um ótimo suspense de espionagem.
GERÔNIMOOOOOO…