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Eis que abro o jornal na sexta e vejo que estreou um filme de animação francês. Como os filmes do estilo vindos daquele país costumam ser bons, fui ver este com um tanto de boas expectativas. Serve de lição, sempre veja um filme sem expectativa alguma.
Um velho técnico de cinema e dois atores jovens se reúnem à noite para pensar histórias que farão. São personagens e tramas que cruzam épocas, reinos e civilizações. Uma hora estão no Tibet, na outra estão na África.
O filme é curtinho, com pouco mais de 70 minutos. Ainda bem que é assim, porque o filme fica repetitivo rápido. Quando vemos pela terceira ou quarta vez os personagens planejando a próxima história já não nos importamos tanto com o que vai acontecer.
Isso se dá porque as histórias são muito infantis. Contos de aproximadamente dez minutos passados de forma inocente e colorida com uma lição de moral bem bonitinha. É lição de humildade, de honestidade. Algumas mais interessantes que outras. Mas todas com carinha de Discovery Kids.
A animação é feita com sobreposição de camadas planas no computador. Os cenários são camadas de arte nas quais os personagens se movem por cima. Os personagens em si são planos pretos encaixados. Os maxilares são camadas encaixadas nas camadas da cabeça e são animados separadamente. Assim como os olhos. Coisa que até eu faço no After Effects.
Os visuais são bonitos. Essa sobreposição de camadas cria imagens brilhantes e coloridas que enchem os olhos. Parecem um jogo eletrônico independente. É bonito, mas é chato.
Em algum dos ciclos da história eu simplesmente virei a cabeça para o lado, tentei encaixá-la o melhor possível no ombro e dormi por alguns minutos. Acordei renovado e aguentei o resto da projeção.
Se tiver filhos com menos de dez anos, leve-os, solte-os no cinema, encontre um cantinho confortável e durma.
GERÔNIMOOOOOOOOOO…
kkkkkkkkkkkkkkk Adoro as suas críticas!