Chegamos ao segundo episódio da trilogia épica de Peter Jackson. Como já foi dito no post sobre o primeiro filme, não há como questionar que O Hobbit é um épico. Escala enorme para tratar de história passada em outro tempo com teor de lição de moral. O Hobbit grita épico em cada frame. E aqui a lição de moral começa a ficar mais pesada e obscura.
Depois das várias mini histórias do primeiro filme. A Desolação de Smaug é muito mais direto. Agora são apresentados os exércitos que tomarão partido no terceiro, chamado de A Batalha dos Cinco Exércitos, e tudo se resume na discussão acerca das consequências dos atos dos anões. Será que retomar suas terras e seus tesouros é realmente a coisa certa a ser feita? Muita tragédia pode decorrer disso. Infelizmente a megalomania de Jackson fala mais alto que qualquer qualidade da história.
Megalomania porque O Hobbit não é apenas adaptação do livro O Hobbit. À história do pequeno Bilbo e seus companheiros anões, Jackson soma um monte de histórias paralelas que supostamente deverão levar ao clímax. Sem as reviravoltas inúteis de Uma Jornada Inesperada, Desolação de Smaug funciona muito melhor. O que não impede a sensação de que muita coisa não passa de enrolação.
Isso sem contar com coisas ridículas, como a participação do Stephen Fry, a representação da cidade do lago ou a perseguição Scooby-Doo com o dragão na montanha. Em especial, o maldito relacionamento do anão gatinho com a elfa. Parece que Jackson não sabe qual filme está fazendo, então tenta fazer um filme sobre tudo e para todos.
A direção de arte mantém-se com uma qualidade inquestionável, porém existe uma queda nos efeitos especiais. Tudo parece mais falso. Não apenas em termos de animação de movimento, mas em textura e qualidade de imagem dos elementos criados em computador.
Esse não tem o valor de produção listado no IMDB, mas deve ter sido muito mais caro devido ao trabalho do dragão gigante e sua caverna imensa e recheada de ouro.
O orçamento garantiu qualidade?
Sim. Os visuais ainda são estonteantes e a direção de arte é rica e bela. A qualidade dos efeitos diminuiu, mas não chega a comprometer o trabalho técnico do diretor de arte. Ainda assim, o orçamento não ajuda a péssima história e a péssima direção do Peter Jackson.
GERÔNIMOOOOOOOO…