Faster, Pussycat! Kill! Kill!

Em pleno nascimento da contracultura, diretores mais conservadores chamaram astros para fazer filmes voltados para os jovens. Eram filmes de surf, com pessoas comportadíssimas. Na contramão, diretores como Russ Meyer pegavam seus baixos orçamentos e faziam obras que zombavam desses filmes. Transgressor, sexualizado e violento, Faster, Pussycat! Kill! Kill! não foi um dos sucessos de Meyer, mas é um dos que alcançou maior status cult.

Um trio de GoGo Dancers espalha o mal e o terror. Acho que essa é uma boa sinopse. As coisas são tão inesperadas e frenéticas que tentar falar qualquer coisa é estragar o filme.
As três dançarinas, Varla, Billie e Rosie são o estereótipo dos filme do Russ Meyer. Seus seios são maiores que a vida, usam roupas provocantes e são poderosas. Tão poderosas que matam, sequestram e tiram proveito dos homens. A melhor parte disso é que são mais cruéis justamente com aqueles que não são maus.

Logo no começo, elas cruzam caminho com um casal típico dos filmes de surf. Um protótipo de Elvis e uma menininha ingênua de bíquini. Não passam dez minutos e o caos já se instaurou. As dançarinas destroem o pobre e inocente par. É o diretor fazendo pouco do que os conservadores julgavam digno da juventude e colocando o que realmente chama a atenção deles. Expressão sexual, violência e atitude.
O casalzinho compõe os únicos personagens de boa índole da trama. Depois deles, todo mundo possui algum tipo de deturpação. No meio do filme, temos as três mulheres duelando contra três homens estupradores. Não é um duelo de bem contra o mal, mas de vilões contra vilões.
Como exploitation, Faster, Pussycat! Kill! Kill! faz tudo certo. Tem algum grau de discussão social, mulheres sedutoras e poderosas, carros potentes, violência. É um prato cheio. Diversão garantida.
Por sinal, deixo aqui o link para o podcast Podtrash, no qual eles fazem uma leitura completíssima do filme.
 
GERÔNIMOOOOOOO…