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Ano novo. Chegou a hora de todo mundo fazer suas listas de melhores e piores filmes dos últimos 12 meses. Eu detesto essas listas, normalmente contam apenas as opiniões de quem pensou nos filmes e ficam ditando regras. A proposta sempre acaba sendo fazer com que os leitores pensem se concordam ou não, com pouca discussão. Como gosto de ser chato, vou começar com minha lista dos filmes ruins do ano.
Fique atento, falarei de filmes ruins, e não dos piores. Não assisti a todos os filmes de 2013 e com certeza não assisti ao pior. Principalmente porque me recusei a dar bilheteria ou atenção a aberrações de comédia nacional. Infelizmente não fiz o mesmo com O Hobbit, que quase entrou na lista, ficando de fora por um triz.
Não pensei em um número específico de filmes nem direi qual o pior. Apenas listo os que vieram à mente quando pensei em experiências realmente ruins através do ano. Vamos a elas. Na ordem de lançamento.
O Resgate – Nicolas Cage começou o ano com um dos piores filmes de ação já realizados. Tudo é errado, direção, atuação, roteiro. Até a trilha sonora não faz sentido. Pior mesmo é ter chegado nos cinemas por aqui. Mesmo com um atraso de quase um ano e nomes famosos no elenco, este filme merecia cair no limbo do mercado de DVDs.
Duro de Matar: Um Bom Dia para Morrer – 2013 definitivamente foi um ano decisivo para a carreira de Bruce Willis. Entre os três grandes filmes de ação com o astro no período, ele acabou soltando uma afirmação bastante negativa em relação ao gênero. Aparentemente veremos um Willis mais sério e esforçado daqui pra frente. Nada como essa palhaçada que destruiu uma das melhores franquias do cinema.
G.I. Joe: Retaliação – Falando no diabo. Aí está o segundo filme de ação com o Bruce Willis do ano. Mas aqui ele é apenas um coadjuvante especial. O filme pertence, em teoria, ao The Rock. Tentativa de melhorar o já fraco primeiro G.I. Joe, esse deu a volta por baixo e conseguiu ser apenas motivo de piada. Tanto que eu e meus amigos formamos uma roda para falar mal da produção após a sessão e lá ficamos por aproximadamente meia hora.
Somos Tão Jovens – Esse daqui merece entrar em todas as listas de piores. Não é preciso mais do que cinco minutos para saber que o filme não vai ser bom. Mise-en-scène vergonhosa acompanhada de diálogos estúpidos e pretensões homofóbicas em uma biografia sobre um cantor gay. O filme é tão ruim que, por algum motivo, vivo esquecendo que existe.
Truque de Mestre – Uma das piores coisas do mundo são filmes que tratam o espectador como imbecil. Fazer uma trama de assalto construída através de reviravoltas requer, acima de tudo, um roteiro que faça sentido. É justamente o que falta aqui. Quando chegamos ao final e toda a trama é revelada, simplesmente não faz sentido. O protagonista é tão burro que não provoca empatia e o filme termina com a vontade de pedir o dinheiro do ingresso de volta.
Turbo – Resposta da Dreamworks para Carros. Esperava-se mais do estúdio criador de Shrek, Horton e o Mundo dos Quem, Megamente e Como Treinar o seu Dragão. Infelizmente, o que temos é um filme cujo conflito principal aparece nos últimos vinte minutos de sua duração. Antes disso, é uma cornucópia de momentos ilógicos e sem graça.
Chamada a Cobrar – Novo filme da promissora Anna Muylaert, seus ínfimos 70 minutos de duração são suficientes para curar a insônia de qualquer um. O que deveria ser um suspense é apenas uma comédia involuntária sobre uma solitária senhora que é tão burra que não desperta simpatia alguma. A melhor parte é o Lourenço Mutarelli como um policial simplesmente hilário. Felizmente, quase ninguém assistiu.
Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos – Este é um caso especial. Mais um na fila para tomar o lugar deixado vago por Crepúsculo, o filme é tão ruim que diverte. É impossível não rir de idiotices como a cena em que a protagonista tira os sapatos e anuncia o que faz ou de quando descobre que estava dando uns amassos no próprio irmão. Melhor mesmo é ver o Jonathan Rhys Meyers louco feito o Pica-Pau no final.
Jobs – O que fazer quando um grande nome morre? Os realizadores desse filme fizeram a coisa lógica, pegaram um ator fraco e o fizeram protagonizar cenas que não são coerentes entre si. Quando a sessão termina, fica apenas uma dúvida: cadê o filme? Eu só vi uma colagem de momentos aleatórios da vida do idealizador por trás da Apple.
Riddick 3 – Essa segunda continuação do hit Eclipse Mortal é terrível. Começa descartando tudo o que o segundo filme construiu, repete o primeiro e termina com o bárbaro espacial interpretado pelo Vin Diesel dando lição de moral para um grupo de mercenários malucos. Quase passou despercebido. Quase…
Silent Hill: Revelação 3D – Continuação do inesperado sucesso de 2006, este filme só ganhou financiamento graças à tecnologia com a qual foi realizado. Mas não adiantou ter um diretor/roteirista com um bom histórico. Nada funciona, nem para matar o Jon Snow a produção serviu.
Minha Vida Dava um Filme – Tentativa da Kristen Wiig de repetir o sucesso de Missão: Madrinha de Casamento. Sem a presença do Judd Apatow nos créditos, a atriz conseguiu realizar apenas um filme muito ruim. Roteiro ruim, direção de folga e uma montagem embaraçosa. Improvável encontrar alguém que tenha visto ou gostado desta pérola.
Alguns filmes quase entraram nessa lista. Mas não são completos desastres, por isso mesmo R.I.P.D., O Cavaleiro Solitário e Os Miseráveis não estão aqui. Mas ainda merecem ser lembrados como os péssimos filmes que foram.
FANTASTIC…