Sequência direta do sucesso de 2009, Arkham City foi realizado em impressionantes dois anos. Um tempo curto para realizar um jogo de tal escala. 2011 testemunhou o Batman sair da ilha fechada do primeiro game para uma porção maior da própria cidade Gotham. A Rocksteady, desenvolvedora do jogo, mirou nas alturas desta vez.
Depois da luta contra o Coringa no final de Arkham Asylum, o diretor do hospício, Quincy Sharp, se elegeu prefeito de Gotham com a promessa de fazer uma mega prisão na qual fecharia todos os bandidos e lunáticos da cidade dentro. Uma sessão inteira da cidade foi cercada por muros e os prisioneiros soltos lá dentro. Bruce Wayne se candidata a prefeito para concorrer com Sharp e é preso lá dentro. Como Batman, ele investiga quais os objetivos do diretor da chamada Arkham City, Hugo Strange, que pretende iniciar um tal de protocolo 10 em algumas horas.
A Rocksteady já havia conseguido traduzir em jogabilidade o que é ser o Batman. Sobrou avançar um pouco e afinar os pequenos problemas. Voltam Paul Dini como roteirista e o elenco do desenho da década de 1990 para dublar os personagens. É preciso manter a qualidade para quem joga este sem conhecer o anterior assim como não ser chato para quem já conhece.
A jogabilidade dividida entre lutas contra capangas desarmados e caça escondido nas sombras contra os armados se mantém. Com o acréscimo da locomoção através do cenário. Como o ambiente é maior, Batman tem que se transportar com agilidade. A solução foi um sistema no qual o herói plana entre os prédios. É preciso habilidade para se manter no ar por tempo suficiente para cruzar o terreno.
Batman agora é capaz de enfrentar mais homens de uma vez.
O que já havia sido definido no anterior ganha pequenas evoluções. Batman ganha mais ferramentas no cinto de utilidades que funcionam bem para os dois tipos de jogabilidade. Uma granada de gelo congela inimigos no meio da batalha, assim como abre espaço de exploração. No primeiro, Batman tinha dificuldade com uns dez capangas. Aqui o sistema de luta é alterado para que ele seja mais rápido e consiga enfrentar hordas. Com frequência ele precisa derrotar de trinta para mais inimigos ao mesmo tempo.
O texto do Paul Dini está ainda melhor. Algumas falas são mais plausíveis. A história, entretanto, sofre com o número de objetivos que surgem no caminho. Assim que Batman entra na prisão/cidade, ele é envenenado com o sangue do Coringa. Depois do uso da fórmula Titan em Arkham Asylum, o corpo do vilão está se degenerando. O herói não se importa em morrer se levar o Coringa junto, mas o veneno foi espalhado em hospitais. Agora ele precisa encontrar o veneno.
Entre as duas tramas paralelas, ele enfrenta o Duas-Caras, a Mulher-Gato, o Pinguim, o Senhor Gelo, Ra’s Al Ghul com a filha Talia. Parte dos vilões estão relacionados com a busca pelo antídoto, a outra com o protocolo 10. Os clímax de ambas são separados e não dialogam bem entre si. A graça se encontra nas consequências entre elas. Pessoas morrem e o Batman termina a história abalado.
Kevin Conroy e Mark Hamill dão outro show como Batman e Coringa, respectivamente. As maluquices do universo do morcegão continuam ilógicas. Um cara de 600 anos, um homem imortal por conta de um acidente bizarro, uma mulher com poderes de gatos. Felizmente, depois do primeiro jogo, fica mais digerível. Ainda mais como eles funcionam bem como obstáculos de jogos eletrônicos justamente pelo absurdo.
Arlequina ganha destaque em DLC de história.
Existe um DLC de história chamado A Vingança da Arlequina. Se passa alguns meses depois dos eventos do jogo e é jogado, em grande parte, com o Robin. É um trecho curto e divertido, mas tem uma finalização um pouco pior que a do jogo normal. Ainda assim, deixa um gancho interessante sobre a condição do Batman.
Ao término, Arkham City avança em termos de mecânica, mas a realização perde um pouco em qualidade. A história não é tão boa e envolvente e viajar pela cidade fica repetitivo depois de tantas horas. Ainda é um jogo maravilhoso, mas não se compara à excelente surpresa do anterior, que ganha qualidade justamente por ser mais limitado e contido.