Crítica escrita por Jade Abreu
O filme Golpe Duplo conta a história de Nicky (Will Smith), mestre em golpes em Nova Orleans, que ao conhecer Jess (Margot Robbie, de O Lobo de Wall Street) decide ensiná-la a cometer furtos. O filme foi classificado no Brasil como suspense, comédia e romance, mas atende muito mais à classificação de comédia romântica.
Este estilo de filme já tem por si só uma característica: ele deve surpreender no final. Golpe Duplo cumpre o objetivo. O final realmente é inesperado, mas mesmo assim, não faz do filme bom. Não que ele seja ruim, mas não é o tipo de filme que te prende. As falas e o desenvolvimento da história são fracos. E no fim, percebemos quantos buracos e pontos sem nó há no enredo.
O filme dá um salto de três anos na história. Porém, as personagens não amadurecem, nem há mudanças nas personalidades durante esse período. Inclusive, acredito que a primeira parte é a melhor. Período em que o filme mostra como os golpes são aplicados e o público fica o mais próximo de estar preso à trama. Diferente de outros filmes nesse estilo, como Trapaça que leva o telespectador ao desespero com as personagem.
Para não dizer que não falei das flores, as imagens são ótimas. É bom ver que Hollywood parece ter descoberto o hemisfério sul do mapa. A segunda parte da história se passa em Buenos Aires. O ator Rodrigo Santoro interpreta o vilão argentino. Um inconsequente playboy que quer vencer a qualquer custo. Está bem, Hollywood pode ter descoberto que existem mais coisas abaixo da linha do Equador, mas ainda latino é tudo igual.
Santoro em cena. Mais um estereótipo de vilão latino.
A trilha sonora também é boa. As músicas contribuem para as cenas. O Will Smith e a Margot Robbie têm uma muita química em cena. Os dois se destacam no elenco.