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Lady Snowblood

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Lady Snowblood era um dos filmes mais aguardados por mim da mostra Mondo Tarantino. O principal motivo foi o podcast cinemasmorra discorrendo sobre os filmes e o mangá. Quando descobri que o filme faria parte da mostra, fiquei animado e surpreso. Não imaginava que teria influência sobre a obra do Tarantino.

Uma mulher tem um bebê dentro da prisão. A criança deverá trazer vingança, matando os três responsáveis restantes pela desgraça de seus pais. A busca é contada fora de ordem cronológica e cheia de reviravoltas.
Parece uma tragédia grega. Um parente morre aqui, outro se vinga ali, outro quer matar o pai acolá. Todo mundo é traumatizado e sofredor. É um melodrama gigante. Parece uma novela. Mas como eu disse no post de Os Cinco Dedos da Morte, melodrama bem utilizado não é negativo.
Aqui ele diverte, cria suspense e surpresas constantemente. A direção de arte é lindíssima, brincando constantemente com contraste entre branco, preto e vermelho. A neve, o sangue e as sombras. Os cenários normalmente são sets limitados apenas pela escuridão.
O diretor Toshiya Fujita faz enquadramentos lindíssimos, explorando bem os espaços e as localizações dos atores. É tudo a favor do drama e da tragédia. Se arrasta um pouco no começo enquanto explica a história, mas acelera rapidamente e vira um furacão de caos.
A grande surpresa mesmo aconteceu quando, logo após uma matança logo na abertura, os créditos rolaram com a trilha Shura No Hana. A música é um dos temas de Kill Bill, tal qual toca em Lady Snowblood. A personagem Yuki é uma referência visual óbvia à personagem da Lucy Liu no filme do Tarantino. Mas as surpresas do tipo não paravam.
Lady Snowblood é a grande referência para Kill Bill. A trama é semelhante, a estrutura, a direção de arte, vários enquadramentos. Parecem filmes espelhados.
É interessantíssimo para os fãs do diretor. Recomendo fortemente.
Por sinal, recomendo também a versão em mangá, o original. É muito mais erótica e pesada.
 
GERÔNIMOOOOO…

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