Uma parte da minha rotina é entrar todo dia de manhã no site Motionographer. Eles falam constantemente sobre novidades na área de motion design, sobre a qual possuo grande interesse. Surpreendentemente, um dia, a animação revelada era um curta em stop-motion em preto e branco chamado Marilyn Miller.
Marilyn Myller é uma artista plástica que faz esculturas. Seu processo criativo é trabalhoso e seu amor por sua obra é como o de um deus por sua criação. Porém, criação a desgasta e em um dia especificamente difícil, ela acaba seguindo um caminho negativo. A discussão é relacionada ao chamado processo de criação. Em dias atuais, esse processo não é tão reconhecido. As pessoas preferem a arte mais fácil de digerir do que apreciar a complexidade do esforço de um criador.
Marilyn Myller impressiona imediatamente por conta da qualidade de sua animação. Stop-motion é um tipo de animação que quase nunca parece fluído em tela, mas em Marilyn a fluidez do movimento beira a realidade física. O traçado dos personagens é extremamente caricatural, mas a animação e o cuidado com a boa dublagem garantem com que eles pareçam humanos.
Gosto de como a animação compara o processo criativo com a criação do mundo, sugerindo que até Deus passou por um processo criativo desgastante. Adoro a piada que faz um comentário sarcástico com o mundo das artes plásticas atual e acima de tudo, a canção em swahili no final comentando o que se tornou a arte de Marilyn.
É curtinho, com seis minutos, irônico, inteligente e bastante honesto com a forma como é direto. Assista ao curta abaixo.
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ALLONS-YYYYYYYYYY…