O ano é 1914. Sara Crewe é uma menina sonhadora com uma imaginação incrível para histórias. Órfã de mãe, foi criada por seu pai em Simla, na Índia. Com a Primeira Guerra Mundial estourando, ela vai morar em Nova York em um internato só para meninas onde sua mãe, no passado, também havia frequentado. Capitão Crewe acredita ser o lugar mais seguro para ela, sua única filha. Sara é querida por quase todas as suas colegas, que sempre a procuram a fim de ouvir suas lindas histórias sobre onde cresceu, onde príncipes e princesas existiam.
Srta Minchin é a responsável pelo internato, em sua primeira aparição já nos damos conta de que se trata de uma mulher amargurada e ruim. Parecida com uma bruxa de contos de fadas. No dia do próprio aniversário Sara recebe a notícia por ela da morte de seu pai em combate. Uma cena construída de forma bem interessante, enquanto Minchin a comunica ela está alheia observando um balão preto ir em sua direção, até que ele estoura, chamando-a para a sua nova realidade. Sem seu pai, o que seria dela agora? Para custear a sua estada no internado, a Srta Minchin a coloca para trabalhar nos afazeres mais pesados da casa e retira-lhe tudo, menos um livro e sua boneca preferida. Sara se torna amiga de Becky, uma menina negra que já trabalhava como empregada. Elas se unem para tentar sobreviver à vida sofrida a qual foram submetidas.
A história é linda e inspiradora. Sara foi ensinada por sua babá na Índia que toda menina é uma princesa e que merece carinho, amor e cuidado. Ela passa esse ensinamento às suas colegas como uma espécie de mantra. Quando já não tinha mais nada ainda acreditava nisso, mesmo com a Srta Minchin tentando minar isso. Sua imaginação e força de vontade a salvaram de sucumbir.
A construção dos acontecimentos que servirão de conclusão para o filme são bem desenvolvidos, mas de estrutura simples. A partir do meio do filme já é possível saber como será. Mesmo assim não impediu de me emocionar e torcer pela pequena sonhadora. A princesinha (A Little Princess) é um filme de 1995. Com o Alfonso Cuarón como responsável pela direção. O filme foi indicado ao Oscar de Melhor Direção de Arte e Cenário e Melhor Fotografia. Levemente baseado no conto infantil escrito por Frances Hodgson Burnett, há um filme de 1939 também baseado neste conto.
Todas as vezes que assisto a esse filme me emociono e renovo meu encanto pela obra. Mas especialmente nessa vez, me emocionei com as reações da Mari. Foram 97 minutos concentrada em cada cena. Uma das passagens que a fizeram emocionar foi no primeiro contato de Sara com o sótão cujo qual seria sua moradia dali em diante, tentando lidar com a dor da perda do pai e a sua condição miserável. Muitas outras cenas foram marcantes para ela, mas não tem como descrevê-las sem contar o desfecho da história. De lição, Mari pôde ver o quanto a amizade é importante e que a humildade é uma qualidade rara. E que se você acredita em algo, deve mantê-lo vivo em si, mesmo que pessoas invejosas tentem retirar de você.
Sempre busco filmes e histórias inspiradoras para apresentar a ela, e acabo sempre me deparando com a minha própria infância.
Grande beijo!
Eu AMO esse filme! Marcou minha infância, e eu ainda quero ler o livro!
Um beijo, Ayslalinda! =D