Lembro-me de quando esse filme estreou nos cinemas. Não despertou em mim muito interesse. Apesar de ter sido uma animação bastante comentada. Fui assistí-lo na última semana de 2013 sozinha mesmo. A Mari já havia adormecido e eu queria algo para me ocupar após ter escrito o último post do ano. Estava ociosa e entediada, então verifiquei minhas opções e escolhi o filme. Condicionada devido a estreia iminente da continuação.
Como Treinar o Seu Dragão (How To Train Your Dragon), é uma animação computadorizada bem divertida da DreamWorks Animation. Lançada em 2010, é baseada no livro de mesmo nome. Chris Sanders, criador de Sherk e Madagascar, senta na cadeira de diretor.
O longa narra a história de amizade entre um dragão e um viking, até então espécies rivais. Soluço é o personagem principal, morador de Berk e aprendiz de Bocão, o ferreiro da ilha. Ele é um viking franzino que sonha em ser um matador de dragões. Porém ele é desacreditado por seu pai Stoic, líder viking. Logo no começo do filme, um grande confronto entre os moradores e dragões se inicia, e Soluço vê uma oportunidade de impressionar a todos, acertando um dragão da espécie Fúria da Noite. Ninguém acredita nele quando conta a façanha. No intuito de provar, ele vai atrás do dragão caído, mas ao se deparar com a fera, muda de ideia.
O dragão não consegue voar devido à falta de uma das partes de sua cauda, provocada por ele quando o acertou. Soluço constrói uma prótese e a coloca na cauda do animal ajudando-o a voar novamente. Interessante esta passagem da história porque o pequeno viking eventualmente necessitará de algo parecido. Mas essa amizade não será bem aceita já que os dragões são inimigos mortais dos vikings.
Conforme ele vai procurando entender o porque de não ter conseguido matar o dragão, descobre que a tal espécie não é exatamente o que suas gerações anteriores pregavam. Soluço lhe dá o nome de Banguela e o treina, tornando os dois em grandes amigos. Dessa amizade nasce a necessidade de mostrar a todos o engano cometido por várias gerações. A reação dos dragões se dava apenas por defesa. A si próprios dos vikings e de uma espécie de dragão comandante do ninho.
Em sua versão original, a dublagem foi feita por, Jay Baruchel (Trovão Tropical) como Soluço, America Ferrera (Série Ugly Betty) como Astrid, Gerard Butler (300) como Stoic, Jonah Hill (Anjos da Lei) como Melequento e Kristen Wiig (A Vida Secreta de Walter Mitty) como Cabeça-quente.
Durante todo o filme é impossível não fazer uma analogia acerca do comportamento de Banguela com os animais de estimação convencionais. Em um especial de natal, temos uma continuação alternativa, nela os dragões são sim os novos animais de estimação dos habitantes de Berk, mas também ajudam de alguma forma na economia da ilha. Vale a pena dar uma olhada nesse especial sem antes assistir ao filme.
Gostei muito. A história é contada com um tom cômico, apesar dos momentos tensos e realmente sérios. A tensão dá uma equilibrada no filme, fazendo com que o espectador se emocione e reflita. Estou ansiosa para ver o segundo e espero que esteja à altura deste. A Mari com toda a certeza teria apreciado. Ainda mostrarei a ela antes da estreia da continuação, que será em junho.
Somos feitos reféns de nossa própria cultura, crescendo condicionados a acreditar somente em uma versão da história ou naquilo que outros acreditam ser melhor para nós. É necessário ter opinião própria. Está aí o livre arbítrio e a confiança em nós mesmos. O senso comum não é a única opção.
Que esse ano que se inicia seja uma nova esperança e oportunidade para realizarmos tudo que ainda não havia sido possível.
Beeijo grande!
Esse filme é muito bom