Essa semana completo meu primeiro ano de participação no Velha onda. Não tem sido uma trajetória regular, posts toda a semana como o combinado com o meu querido editor. Mas é preciso comemorar, pois foi publicando as minhas opiniões e as da Mari que descobri o que quero ser quando crescer, jornalista. Também revelou a mim uma paixão que é escrever. Foi por conta dessa comemoração do primeiro ano que escolhi justamente esse filme.
O livro escrito por Saint-Exupéry, O Pequeno Príncipe, é mais do que as frases famosas citadas todos os dias fora do contexto da história. Uma fábula criativa e inspiradora tanto para adultos quanto para crianças de oito a doze anos. Mas nada impede de que seja apresentada para os mais pequenos como é o caso da Mari em seus 5 anos. O filme é fiel ao livro em grande parte, com exceção apenas da falta de alguns planetas ao quais o pequeno príncipe visitou. A princípio eu iria assistir sozinha, um filme cult não seguraria a atenção da Mari. Total engano meu, ela não só assistiu todo como também emocionou- se com ele, mesmo sem compreender exatamente a mensagem. Talvez nem eu mesma tenha captado a essência do mesmo.
Intrigado com a falta de imaginação das pessoas ao interpretarem seus desenhos desde criança, um piloto de avião tentava encontrar alguém que compreendesse além do simples traçado em um papel. Certa vez em uma de suas viagens, sofreu um acidente e acabou caindo no deserto do Saara. Após alguns dias tentando consertar seu avião surge do nada um menino pequeno e franzino com o pedido para que desenhasse um carneirinho.
Mas o piloto, enquanto criança, frustrou-se diversas vezes pois seus desenhos eram incompreendidos por todos. Mais uma vez fez aquele bendito desenho, uma jibóia com um elefante dentro, que as pessoas acharam ser um simples chapéu. O pequeno príncipe disse que não queria este, pois tomaria muito espaço em seu pequenino planeta. Impressionando com a excelente interpretação dos seus rabiscos, ele se pôs a desenhar o que o principezinho havia pedido. Entre desenhos e o conserto do avião, conversam muito.
O pequenino viajante contou sobre o seu planeta e sua rosa insatisfeita, motivo pelo qual o príncipe resolveu buscar conhecimento pelo mundo. Instruir-se para compreender a sua amiga rosa tão dependente dele. Ele passou por quatro planetas com habitantes um tanto quanto estranhos que são, respectivamente, o Rei, o General, o Contador de histórias e o Homem de Negócios. Até parar na Terra, onde se deparou com uma raposa e uma serpente, que o ensinaram muito sobre a vida.
O filme tem uma dinâmica boa. As canções são rápidas e ajudam a compreender as passagens e cenas, exceto quando a serpente interage com o pequeno príncipe. Um espetáculo cansativo de dança e uma música repetitiva. Ao longo dela, diversas vezes, dá vontade de acelerar o filme para se livrar daquilo. Como havia dito, é um filme cult. Para os recursos da época é um filme bem feito. As montagens e efeitos são agradáveis aos olhos. No papel da raposa, personagem ícone e bastante citado por sua sabedoria e amizade com o príncipe, temos o Gene Wilder, excelente ator e eterno Willy Wonka.
Tanto o filme quanto o livro tem a mesma mensagem, valorizar aquilo que amamos. Ao cativar ao próximo você se torna responsável por ele. Dentre bilhões de pessoas no planeta aquela é importante para você, portanto torna- se única no mundo. A rosa era responsabilidade do principezinho, regar, aquecer e proteger era papel dele. Sua amiga e companhia em seu pequeno planeta. Dentre algumas das frases de efeito retiradas da obra, a citação que mais me encanta é a dita pela raposa em seu diálogo com o principezinho. “Eis o meu segredo: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”
Beijo enorme!
Qual foi o primeiro segundo planeta que o pequeno príncipe visitou