Esse filme tem 10 anos e eu já o assisti tantas e tantas vezes. Mas essa última foi especial. Assisti com a Mari e com um olhar mais atento do que nunca à trama para poder tecer uma crítica decente. Creio que alguns nem irão se interessar em ler, e outros lerão por conta da nostalgia. Este é um filme de animação de grande sucesso. Vencedor do Oscar de Melhor Animação em 2004, é o tipo de filme que sempre estamos dispostos a rever. Mari gostou tanto que me pediu para assistirmos novamente.
Após a morte de sua esposa, Coral, Marlin se torna um pai super protetor. Até que, certo dia em seu primeiro dia de aula, Nemo se perde em alto mar e vai parar em terras estranhas. Para encontrá-lo, Marlin precisará vencer seus medos e ir em busca de seu filho único. No caminho ambos conhecem amigos preciosos. Dory é uma delas, uma peixinha muito bonitinha, mas que tem um probleminha, perda de memória recente. Ela será uma peça fundamental para o encontro de Nemo.
O filme é super divertido, causa diversos sentimentos e reações ao longo da trama. A relação um pouco difícil de pai e filho e a super proteção que às vezes atrapalha e impede que Nemo tenha as suas próprias experiências. A história de Nemo e Marlin recebeu grande inspiração dos relacionamentos dos diretores com seus próprios filhos. Também tira algumas gargalhadas e passa alguns ensinamentos. A amizade é um ponto forte. Surge entre Marlin e Dory e entre as criaturas do aquário e com Nemo, o recém chegado. A cumplicidade entre as criaturas como um todo em prol da procura de Nemo.
Procurando Nemo (Finding Nemo), animação lançada em 2003, é o resultado da parceria entre os estúdios Disney e a Pixar. A versão original conta com algumas vozes famosas. Ellen DeGeneres (famosa apresentadora de TV nos EUA) como Dory, Willem Dafoe (Homem-Aranha) como Gill, Geoffrey Rush (Piratas do Caribe) como Nigel, Eric Bana (Hulk) como Anchor.
Procurando Nemo foi alvo de uma grande polêmica. O escritor francês de livros infantis Franck Le Calvez moveu uma ação judicial contra os estúdios Disney e Pixar alegando plágio a cerca de um personagem. Pierrot, herói de seu livro Pierrot, le Poisson Clown (“Pierrot, o Peixe-Palhaço”, em tradução livre). O livro que conta as aventuras de Pierrot foi lançado em novembro de 2002, um ano antes da animação. Em abril de 2005, a justiça francesa deu ganho de causa à Disney e Pixar Animation.
Ficou provado que os personagens de “Procurando Nemo” já existiam no papel em 2000 e que o autor francês já sabia de sua existência quando registrou sua marca, o que significa que o cara tentou dar um golpe e se lascou. Ele foi condenado a pagar uma boa grana em danos e além de reembolsar as custas advocatícias das duas empresas e da editora francesa Disney-Hachette Editions. A corte francesa considerou que os dois personagens (Pierrot e Nemo/Marlin) eram semelhantes, ambos tinham um largo sorriso e três listras brancas na lateral do corpo (como qualquer peixe-palhaço da Terra, diga-se de passagem), mas isso não era suficiente para caracterizar plágio.
Particularmente, adoro o filme. Poder ter assistido ao lado da Mari me fez gostar ainda mais para colocá-lo na estante dos prediletos.
“continue a nadar, continue a nadar…”
Beeeijo!