Bob Gale, um dos produtores da trilogia, se perguntou como seria um encontro com seu pai no passado nos tempos de colégio. Ele contou sobre a curiosidade a Robert Zemeckis. Apresentaram o projeto à Columbia Pictures e assinaram contrato para desenvolver um roteiro em meados de 1980. Alguns estúdios achavam que o filme era muito leve e precisava ser mais sexual. A Disney veio a dizer que um filme onde uma mãe se apaixona pelo próprio filho iria contra a linha do estúdio. Depois de algum tempo após Zemeckis ter dirigido Romancing the Stone, ele apresentou o roteiro a Steven Spielberg e caiu nas graças da Universal Pictures. Muito bem recebido pela crítica especializada, o primeiro filme teve uma bilheteria de cerca de US$380 milhões, excelente em vista de seu orçamento de US$19 milhões.
Claramente, o melhor dos três, e o preferido da Mari, a história do original se desenvolve em 1955 e 1985, períodos de grande riqueza musical e cultural na história estadunidense. Marty McFly representa bem o jovem dos anos 1980, despreocupado com o futuro e apaixonado por sua namoradinha. Ao viajar para o passado às pressas, McFly muda o passado de seus pais e modifica o futuro de forma perigosa. Referências a Star wars e Star Trek, entre outros, dão um tom cômico ao filme. Ao final dessa primeira parte da história os McFly estão sob uma nova realidade, uma melhor situação e Emmett Brown se despede dele e viaja para o futuro.
Como é um carro enquanto viaja no tempo.
O segundo filme continua a história do anterior, no ano de 2015. O doutor Brown, ao presenciar problemas na Família de Marty no futuro, volta para alertá-lo e o leva consigo. Há quem diga ser um dos mais tensos dos três, pois, por trás de algumas situações, há a morte de George McFly e Lorraine casada com Biff. Este traz o mesmo dinamismo e o principal objetivo, que é viajar no tempo para consertar cagadas. Em alguns momentos torna-se bastante confuso tantas viagens e encontros de Martys, Emmetts e Biffs do passado, futuro e presente. Não há aquele mistério sobre a máquina e como as coisas funcionam, uma das razões pelas quais o primeiro foi tão bom. Biff Tannen é melhor explorado ao ganhar mais destaque na trama. Apesar disso, o segundo é envolvente sob o prisma da curiosidade em saber como seria o futuro. Tecnologia, comportamento, roupas, adereços e carros. Tudo isso causou um enorme frisson nos espectadores da época e é lembrado até os dias atuais. Lançado em 1989 e filmado simultaneamente com a terceira parte, este termina com Marty recebendo uma carta de Emmett datada de 1885, dizendo que o capacitor de fluxo, após raio, embaralhou as datas e ele foi parar naquela época.
Sonho dos fãs. Skates que flutuam.
O terceiro foca em um romance do Doutor Brown por Clara, e na tentativa de Marty de evitar a morte do amigo por um pistoleiro ascendente de Tannen. Até que é interessante ver os personagens em outras situações e época. A rivalidade de Biff e Mcfly vem de muitas gerações passadas. Lançado em 1990, com uma temática de velho oeste, a trilogia se encerra de forma até que satisfatória, apesar de que, se tivesse ficado apenas nas duas primeiras partes, seria um desfecho muito bom. Emmett, ao final de tudo, deixa a mensagem de que cada um constrói o próprio futuro. Somos responsáveis por nossas ações e sempre haverá consequências por elas.
Quando comecei a escrever sobre os filmes que assistia com a Mari ainda não sabia exatamente o que eu queria dela ou do meu texto. Descobrimos juntas filmes que gostávamos muito e também aqueles que não veríamos mais. Dentre os nossos preferidos estavam os que fizeram parte da minha infância. Este ano, 2015, essa trilogia está em evidência porque é o ano em que um dos filmes aborda. Apesar da censura ser livre, não foram filmes de fácil entendimento para ela, mas um dos objetivos da sétima arte é entreter.
A história do adolescente Marty McFly e do Doutor Emmett Brown encantaram a Mari. Assistimos ao primeiro filme, com medo de que ela não gostasse. Ao longo da exibição me surpreendi, o objetivo da coluna estava finalmente alcançado. A interação da Mari com o filme e comigo ao mesmo tempo. Apesar de ficar um pouco confusa com os personagens do futuro e do passado com os do presente. O enredo do primeiro filme nos proporcionou ótimos momentos juntas, a empolgação dela a cada cena foi emocionante. Agora também faz parte da infância da Mari. Apresentem aos seus filhos, sobrinhos e aos amigos que ainda não assistiram. Os filmes proporcionarão momentos incríveis.
Beijo enorme!