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Tom Clancy é um autor bestseller. Em teoria, a morte dele não deveria estar constando como notícia aqui. Mas Clancy foi o ex-agente dos Estados Unidos que escreveu histórias de espionagem mais verossímeis. Muito semelhante com o que o John Le Carré fazia em seus O Alfaiate do Panamá, O Jardineiro Fiel e O Espião que Sabia Demais.
Mas Clancy fazia espionagem mais moderna. Ao invés de vilanizar comporações como seu colega britânico, Clancy tratava de como as informações levantadas pelo que é chamado de “inteligência” são importantes em conflitos e questões políticas. Tanto o é que seu personagem mais famoso era apenas um especialista da CIA sem muita importância que consegue salvar o mundo de guerras ao descobrir que os vilões normalmente não são países ou corporações.
Em 1996 ele abriu um estúdio de videogames para produzir jogos inspirados em seus livros. Daí surgiram séries famosas como Rainbow Six e Splinter Cell. O segundo deve virar filme em breve com o Tom Hardy. Mas o motivo pelo qual ele é relevante para o cinema é o personagem já mencionado da CIA, Jack Ryan.
Ryan ganhou quatro ótimos filmes para o cinema. Alguns mais memoráveis que outros, mas todos possuem saldo positivo. Dois com o Harrison Ford, um com o Alec Baldwin e mais um com o Ben Affleck. E sim, até o com o Ben Affleck é ótimo.
Clancy faleceu na noite de ontem, aos 66 anos. Infelizmente, no mesmo dia em que o cartaz do novo filme de Jack Ryan foi anunciado e no meio do sucesso do lançamento do último jogo da franquia Splinter Cell.
not fantastic.