Nesse dia primeiro de maio estreia o segundo filme da franquia O Espetacular Homem-Aranha. Mais próxima da realidade dos quadrinhos, a nova franquia dirigida por Marc Webb (500 dias com ela) veio para tentar “apagar” o fracasso dos filmes anteriores. Mesmo dividindo opiniões, conseguiu, em partes, seu objetivo. Por isso, a expectativa para o segundo filme se tornou tão grande.
Até certo nível, o segundo filme supre as expectativas de alguns fãs. Modernizando o herói nerd e fracassado dos quadrinhos, Andrew Garfield encarnou um Homem-Aranha engraçado e divertido durante grande parte do tempo em que aparece. Seu Peter Parker dinâmico, contrasta com o romance “água com açúcar” com Gwen Stacy, interpretada pela belíssima Emma Stone.
O romance dos dois “pombinhos”, é claramente voltado para os adolescentes. Nada de errado, até então, já que o casal funciona bem melhor que a Mary Jane “sem sal” de Kristen Dunst e o Peter Parker confuso de Tobey Maguire. Mesmo assim, é difícil enxergar o tal romance como um dos principais “plots” do filme.
Emma Stone como Gwen Stacy. Beleza não compensa toda a água com açúcar.
No meio de um roteiro um pouco confuso, cheio de diálogos clichês, além de termos o mistério do desaparecimento dos pais de Peter, temos o surgimento de dois grandes vilões (três, se contarmos com a pífia participação de Rhino); Electro e Duende Verde.
O principal é Electro, interpretado pelo talentosíssimo Jamie Foxx (Ray). Mesmo com diálogos clichês, o ator consegue transparecer o espírito do personagem. Seguindo a linha tradicional de vilões amalucados, Max Dillon (nome real de Electro) se mostra evidentemente perturbado por ser invisível aos olhos dos outros, dando a oportunidade para Jamie mostrar todo seu talento.
Electro. Invisível para os outros e amalucado.
Entretanto, enquanto Foxx, mais uma vez, se supera em sua atuação, Dane DeHaan (da série In Treatment) decepciona como Harry Osborn e futuro Duende Verde. Ele tem uma atuação fraca e, praticamente sem expressão fazendo com que, pasmem, prefiramos James Franco no papel. Apesar disso, a cena de sua transformação na aberração verde é digna de filme de terror, compensando a atuação.
Mas, bem, o que se pode dizer é que, apesar de algumas atuações ruins e alguns diálogos bem clichês, o segundo filme dessa franquia do Aranha vale a pena ser conferido. Seja pelo jogo de câmeras, que nos dá uma visão de como o herói vê tudo lá em cima, seja para entender as mudanças na vida dele. Mas sem muitas expectativas.
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