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Os Cinco Dedos da Morte

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No primeiro dia da mostra Mondo Tarantino o único filme que não era do diretor foi Os Cinco Dedos da Morte. Um dos maiores clássicos de Kung-fu e dos Shaw Brothers, foi considerado o décimo primeiro melhor filme de todos os tempos pelo próprio Quentin Tarantino. E o filme merece todos os elogios.

Acompanhamos Ji Hao, um dos melhores lutadores de uma escola de artes marciais que viaja em busca de melhorar suas habilidades com um amigo de seu tutor. Na nova escola encontra um grupo de rivais enquanto evolui para ganhar um torneio vindouro.
Simples assim, a trama vai pra todos os lados. Ji Hao conquista mulheres, encontra inimigos, evolui, perde aliados e eventualmente derrota os vilões. Não tem nada de novo, mas também é bastante eficaz.
Seguindo a escola de filmes de Kung-fu Shaw Brothers, o filme é melodramático, cheio de eventos ultra exagerados e cenas de luta absurdas. E é maravilhoso. Vale lembrar que melodrama não é equivalente a falta de qualidade. É um estilo narrativo que ganhou cunho pejorativo principalmente por conta da TV. Mas que é muito bom, principalmente quando bem feito e bem utilizado.
Os filmes Shaw Brothers usam movimentos de câmera elaborados e contam suas histórias através dos enquadramentos e de imagens. A qualidade das cenas é questionável para os padrões atuais, mas para a época do filme impressiona. A montagem funciona, os truques de câmera funcionam. Tudo é usado para contar essa história, cheia de maluquice, mas divertida e envolvente.
É um marco da chegada do cinema de kung-fu ao ocidente. Merece ser visto e merece a visita à mostra do Tarantino. A qualidade da cópia é ridícula, mas não incomoda tanto quando o filme mostra a que veio.
 
GERÔNIMOOOOOOO…

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