Outro clássico dos anos 1980. Os Goonies marcou a infância de muita gente. Eu incluso. A equipe por trás da bagaça entende de cinema e de como se comunicar com crianças. Chris Columbus no roteiro, Steven Spielberg na produção executiva e Richard Donner na direção.
Grupo de crianças de uma região interiorana está pestes a ser separado por conta de problemas com hipoteca. Quando descobrem a existência de uma história de tesouro pirata na região, saem em busca das riquezas que poderão salvar suas casas e suas famílias.
Na época desse filme, Spielberg produziu uma sequência de filmes infanto-juvenis que são, em sua maioria, clássicos. Dentre eles havia O Enigma da Pirâmide, Os Gremlins e este Os Goonies. Esses três foram escritos por Chris Columbus e dirigidos por nomes de respeito.
Grande parte do sucesso por trás dessas produções se deu pelo fato de que Columbus sabe como construir uma realidade que é convidativa para as crianças. Seja criando bichinhos de pelúcia cheios de mistério, seja colocando o Sherlock Holmes jovem resolvendo mistérios ou contando a história de um menino esquecido em casa durante o natal.
Os Goonies dialoga com crianças ao utilizar falas com pontos de vista infantis. Os meninos agem como crianças e falam coisas típicas de crianças. Inclusive os personagens adolescentes e os adultos. Funciona ainda melhor quando cada personagem tem suas características específicas e a interação entre eles é feita de piadas, brincadeiras e inocência.
Também ajuda a trama envolver a descida por uma caverna esquecida que potencialmente levará para um navio cheio de tesouros. Ao mesmo tempo, temos a cena do menino descobrindo o primeiro beijo em uma situação claramente fantasiosa e outras tantas que certamente criam fascínio para jovens.
Mas assistir ao filme causa um pequeno incômodo. Faz muito tempo que não vejo uma aventura daquele tipo. Os Goonies é a prova de que não é preciso ter cenas grandiosas e repletas de efeitos para que uma história e suas cenas sejam envolventes. Basta ter momentos com ideias bem elaboradas e que brincam com pequenos conceitos um pouco mais adultos que fascinam as crianças.
Os meninos passam por salas com pianos feitos de esqueletos e defuntos presos em armadilhas. O medo do macabro e o suspense bem realizado prendem. Mesmo que seja possível ver que o cenário é pequeno e feito em estúdio. Ver aqueles meninos tão reconhecíveis e identificáveis soltando tantas piadas feitas para crianças, e ainda assim engraçadas para adultos, passando por tudo aquilo é envolvente.
Envolvente não apenas para crianças como para os crescidos. Revendo o filme, me senti envolvido por aqueles personagens novamente. Mesmo que o primeiro beijo já não me fascine mais, a cena agora cria uma nostalgia bonita em relação àquelas descobertas.
Vale a pena ver o Josh Brolin e o Sean Astin bem novinhos. E sempre vale a pena relembrar desses clássicos da nossa infância. Principalmente quando eles são bons filmes, como no caso de Os Goonies.
ALLONS-YYYYYYYYY…
Praticamente um dos melhores filmes dos anos 80, sem sombra de dúvidas. E não sabia que o roteiro era do Columbos. Definitivamente, era pra dar certo.