Não tenho o menor problema em admitir que gosto de filmes como este Projeto X ou aquele Finalmente 18, que foi lançado nos cinemas a algum tempo. O conceito usado para ridiculariza-los e argumentar sua falta de qualidade é o “besteirol”. O que eu não considero uma desculpa boa o suficiente para falar mal. Por outro lado, reconheço que gosto desses filmes, mas não como filmes.
Desta vez, três adolescentes que passam desapercebidos pela vida do ensino médio resolvem aproveitar o aniversário de um deles para fazer a maior festa de todos os tempos. Esta sinopse resume bem a proposta do próprio filme. Estamos filmando a maior festa de todos os tempos.
Como filme, é claro, essa festa não funciona se não acompanharmos algumas pessoas durante. Então seguimos os três realizadores da festa e o quarto adolescente que contrataram para filmar tudo. O filme é contado através dessa câmera, dando aquela impressão de falso documentário. O que faz com que tudo ganhe uma verossimilhança.
Concordo que filmes do tipo com frequência são muito ruins, mas tenho que defender a direção deste. Conseguir criar aquele nível de festa com este estilo de câmera é uma tarefa árdua. Mas o diretor Nima Nourizadeh ainda consegue fazer humor com bastante engenhosidade.
O protagonista sobe no telhado e fica apenas observando a grandiosidade de sua festa. O som está baixo e o clima é quase de introspecção. De repente fogos de artifício estouram dentro do enquadramento e a única reação possível é a risada. O roteiro está em um ponto negativo da história para o personagem, mas o diretor usa este recurso simples para que não fiquemos tristes ou paremos de rir.
Também deve-se dar o parabéns para o Joel Silver. Imagina o nível de produção para realizar a festa deste filme. É preciso realmente fazer essa festa, contratar diversos profissionais técnicos para as diversas partes que requerem este recurso, como os fogos de artifício, o carro sendo arremessado na piscina e tudo o mais.
Mas é aí que acabam as qualidades. O roteiro sabe conduzir através da festa de forma divertida sem nunca perder o interesse, mas também se dá ao trabalho de construir conflitos que não significam muita coisa. No começo já sabemos o final e não nos importamos com ele. O legal é ver a festa aumentando cada vez mais sua proporção.
Começa aos poucos. Primeiro são pessoas chegando com barris de cerveja, depois temos um cachorro amarrado em balões infláveis, um vizinho agredido pelos garotos, a polícia enganada, e cresce cada vez mais. Chegando ao ápice de helicópteros de incêndio derrubando galões de água nas casas incendiadas.
Do elenco, só lembro de uma pessoa. Kirby Bliss Blanton, uma loira sensacional. Porém, só ganha destaque para quem tem interesse em mulheres, não pela sua interpretação.
No fim, é um filme muito bem realizado com um propósito juvenil e irresponsável. Justamente por isso é tão divertido.
ALLONS-YYYYYYYY…
Esse filme é muito show, uma festa pra la de esculhambada e passa realmente uma sensação bem real.
Um dia ainda pretendo dar uma festa dessas.
Me convide kkkkk
Haha, beleza. Um convidado pelo menos vai ter.