A primeira vez que assisti ao filme Era Uma Vez no Oeste foi a aproximadamente dois anos e meio. Imediatamente se tornou meu filme favorito. Assisti-o para um trabalho de pós-graduação que foi muito bem elogiado pelo professor. Considerando que aquele homem é talvez a pessoa que mais entende de cinema que eu já conheci, me senti muitíssimo bem pelo elogios recebidos. Minha namorada atual, curiosa com minha paixão pela obra, pediu para vê-la comigo. Sentamos através das duas horas e quarenta e cinco minutos, após os quais ela pediu para pegar o trabalho e readaptá-lo para o blog.
A primeira parte, na qual decorro um pouco sobre minhas impressões iniciais e a estética, encontram-se abaixo. Nos próximos dias, vou colocar trechos separados do trabalho que tratam de características específicas do filme em textos separados e atualizados com minha opiniões após revê-lo recentemente.
“Numa reunião entre o Luc Besson e o Quentin Tarantino, o cineasta francês falou que o Tarantino era um dos poucos diretores que o faziam ir até uma sala de cinema para ver seus filmes. Esse foi o motivo pelo qual Tarantino desistiu de fazer de seu Bastardos Inglórios uma série de TV.
Eu compreendia o que Besson quis dizer, mas nunca entendi completamente. Até assistir Era Uma Vez no Oeste. Infelizmente eu não o vi em uma sala de cinema com uma audiência compartilhando a experiência. Mesmo assim, ver essa obra em uma TV de alta definição em alta definição foi uma experiência engrandecedora.
Antes, eu havia assistido a Três Homens em Conflito em uma qualidade que sequer merece ser lembrada, quando entendia pouco de cinematografia e tinha pouca paciência para filmes que fogem do padrão clássico.
Sergio Leone, o diretor, usa da arte para construir um mundo sujo, quente e desértico. Os personagens estão sempre com suas peles tomadas pela areia e pela lama, demarcando cada pequena marca e ruga de seus rostos. Ele abre cada cena com detalhes. Um close em um rosto que pode ser aberto para os grandes planos dos cenários. Para a época era uma escolha ousada, uma vez que a linguagem clássica dominante pregava que as cenas deveriam começar com planos abertos e depois ir encontrando os personagens e suas histórias. Mas Leone seguia o sentido contrário, construindo do pequeno para o grande.
Rostos sujos e cheios de relevos que se confundem com o cenário.
Os rostos sujos e cheios de entradas, desgastados pelos anos refletem a terra árida do oeste americano. Os cenários são em sua maioria feitos de madeiras que seguem a lógica visual do resto do filme. Leone coloca diversos elementos em vários planos. Se algo ocorre em primeiro plano, não impede que parte da história seja contada mais ao fundo. Isso sem nunca perder a beleza dos enquadramentos.
Certos filmes foram feitos para serem assistidos de alguma forma que explicite suas qualidades visuais. Era Uma Vez no Oeste, assim como Três Homens em Conflito, é um filme feito para degustar no cinema. Cada quadro parece uma pintura. Mesmo tendo passado por uma experiência engrandecedora com a alta definição, eu fico triste de saber que são pequenas as chances de ver esse filme da forma como ele deve ser visto, numa sala de cinema.”
FANTASTIC…
Era eu imigrante em França quando saiu o filme em 1968, fui velo no cinema 6 vezes, quando saiu em cassete comprei a cassete, depois saiu em DVD comprei o DVD, mais tarde passou num canal de tele publica em França, gravei em VHS, tudo isto esta aqui em casa, e não esqueço a musica, um monumento que vai com as cenas do filme.
Gostaria de visitar a casa (Jill MacBain) que foi cenário do filme! Onde fica???