Ted (voz de Seth MacFarlane) e Tami-Lynn se casam. Depois de um ano, o relacionamento começa a ruir com brigas. Desesperados, os dois resolvem ter um filho. Como é impossível para ambos engravidar, entram com um pedido oficial de adoção. O pedido faz com que o Estado perceba o status de objeto de Ted (que é um urso de pelúcia) e remova todos os direitos que ele possuía. Ele e o amigo John (Mark Wahlberg) contratam a advogada Samantha (Amanda Seyfried) para processar o país.
O primeiro Ted era um conto anárquico e imoral sobre um homem adulto que ainda se encontrava preso à infância. A relação com o urso de pelúcia que ganhou vida depois que ele fez um pedido é apenas uma forma de elevar a ironia e criar analogia. Nas mãos de Seth MacFarlane, que também é diretor e roteirista da brincadeira, vira uma comédia de humor negro e politicamente incorreto. Agora, com dois filmes de sucesso no currículo, ele se solta em termos narrativos e dá continuidade à história do urso animado.
Esta soltura, porém, nada tem de bom. Tudo no roteiro e estrutura do primeiro Ted, por mais clichê e padronizado que fosse, servia para a reflexão que MacFarlane propunha. Neste segundo, ele joga tudo o que construiu no primeiro filme fora em menos de quinze minutos para começar a nova trama. Desta vez sem reflexão alguma. É apenas uma desculpa para um monte de situações cômicas com a dupla principal.
Casamento de Ted com Tami-Lynn.
Esta exploração de situações e momentos não relacionados à história principal se reflete no primeiro ato. Do casamento de Ted até o momento em que ele decide iniciar o processo se passam quase uma hora de filme. Este tempo é repleto de cenas como uma tentativa de roubar esperma do Tom Brady ou uma sequência gigantesca que serve apenas para que o Mark Wahlberg seja coberto de esperma de homens negros e Ted faça uma piada sem graça sobre a Kim Kadarshian.
Quando o desenvolvimento da história começa de verdade, o filme se divide em três. Primeiro uma paródia de dramas de tribunais, depois uma de road movies e por fim um final anticlimático que apenas repete os mesmos momentos do primeiro filme. Só que com um porém. O roteiro não quer contar a história, só fazer piadas. O final não condiz com o que é contado anteriormente.
Parte road movie. Sem trama, apenas situações.
MacFarlane continua um mau diretor. Enquadramentos pobres e uma montagem porca removem o espectador da produção constantemente. Pior ainda, não tem direção de atores. Muitos deles parecem se esforçar mais para manter o ritmo dos diálogos com o personagem digital que em interpretar. Chega a ser triste a participação do Morgan Freeman.
Ainda assim, nos momentos mais inspirados, e não são poucos, Ted 2 faz rir. Muito. Mas não consegue deixar de ser na maior parte do tempo apenas uma repetição de uma piada que já ficou velha.
GERÔNIMOOOOOO…
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