Adoro as críticas à franquia Velozes e Furiosos. Eventualmente surge aquele comentário. “Não são bons filmes, mas eu simplesmente assisto a todos”. Existem variações de todo tipo, como “Sempre que passa na TV eu acabo assistindo de novo” ou “é daqueles filmes de ação que todo mundo assiste, mesmo sabendo que não vai ser bom”.
Velozes e Furiosos perdeu essa característica a tempos. Assim como os Resident Evil e outras porcarias do tipo. O que pega é que, ao contrário de outras franquias que são assim, Velozes e Furiosos começou bem.
O primeiro filme era um drama sobre um policial dividido entre o dever e a moral. A trama era clichê, mas a originalidade ficava por conta do universo dos carros envenenados e das corridas de rua. O segundo continuou com o desenvolvimento do personagem do policial, apesar de ser um pouco piorzinho.
Foi no terceiro que tudo ficou estranho. A trama foi pra Tóquio, largou os personagens principais de lado e acompanhou um adolescente com problemas de deslocamento social. O quarto tentou retomar o elenco antigo criando uma história maluca de vingança e espionagem. Quando o quinto estreou, meu interesse havia minguado. Nem me dei ao trabalho de ir até uma sala de cinema para assistir.
Bem, o sexto estreou por aí e resolvi assistir o quinto para verificar se vale a pena ver o novo. O que posso dizer é que Velozes e Furiosos se perdeu de vez. Brian e Toretto vão pro Rio de Janeiro participar de um roubo de carros. Um grupo de bandidos os trai e eles resolvem se vingar fazendo um roubo ousado.
Para realizar esse roubo, reúnem uma patota de personagens que apareceram nos filmes anteriores. O resultado são imagens de marketing iguais a essa.
É isso aí. Velozes e Furiosos 5 é uma versão bizarra de Os Mercenários para adolescentes. Com a diferença de que não são um grupo de brucutus. É o Vin Diesel com um monte de caras magros, tentando fazer comédia a todo momento com piadas forçadas. É tudo horroroso.
Com exceção das três cenas de ação. Lá para meia hora de filme, acontece o tal assalto. Ele vira uma desordem de explosões e ação descerebrada em uma perseguição no enorme deserto que existe ao lado da cidade do Rio de Janeiro.
Não faz sentido, certo? Pois é, foi por isso que eu dormi no meio do filme. Apaguei uns cinco minutos sem ter perdido nada. Porque é isso até a próxima cena de ação, uma hora de nada.
O Dwane Johnson aparece e o filme vira Os Vingadores. Os dois grandes heróis de ação tem uma briga irada feita especialmente para os fãs. Depois rola uma reviravolta conveniente e os dois passam a trabalhar juntos contra o grande vilão.
É tudo ruim. Os atores não estão a vontade, a regionalização é hilária. Ironicamente, o único do elenco que fala bem é a mocinha Jordana Brewster, só porque a atriz realmente é brasileira. O vilão é interpretado por um português que nem se esforça para esconder o sotaque. Por que ele faria, ninguém mais do elenco o faz.
Quando o filme acabou, sequer deu pra ficar aliviado. O sexto está em cartaz e é claro que vou assisti-lo. Afinal, por pior que Velozes e Furiosos seja, é um daqueles filmes de ação aos quais eu sempre acabo assistindo.
ALLONS-YYYYYYYYY…
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