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1001 Filmes #27 – O Encouraçado Potemkin

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Mesmo feito em 1925, este segundo filme do diretor russo Sergei Eisenstein não é apenas o maior expoente do Cinema Revolucionário Soviético, mas ainda é considerado hoje como um dos melhores filmes da história da arte. Isso tudo com a limitação de falta de cores e de som.

Tudo começa com a tripulação de marujos de um encouraçado chamado Potemkin que se rebela contra os mau tratos dos superiores no navio de guerra. Entre a péssima alimentação e a violência das punições, os marinheiros se revoltam e incitam movimentos populares contra a opressão do estado.

Inspirado em fatos reais, o navio e a tripulação foram um marco na história da Rússia e certamente foram inspiradores para Eisenstein. O movimento do qual ele fez parte foi inovador acima de tudo. As cenas de ação de O Encouraçado Potemkin, são muito bem feitas, baseadas em cortes entre planos detalhes e planos abertos que contextualizam a ação maior nas multidões.

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O icônico berço que rola pelos degraus tomados por cadáveres. Ainda estudado hoje.

O momento mais marcante é a famosa cena do massacre na escadaria da cidade de Odessa, em que o diretor revela o horror da morte de uma multidão quando, no meio do tiroteio, destaca a morte de duas crianças. Apesar de serem ambas melodramáticas a ponte de beirar o absurdo, elas funcionam pela forma como a montagem é bem feita e as imagens são representativas.

Infelizmente, o filme soa ingênuo depois que a Rússia passou pela revolução pela qual Eisenstein tanto esperava. A história dele mais tarde revela a decepção dos esforços, mas a importância para a arte se mantém. Ainda hoje, uma obra preto-e-branca e mudo tem cenas mais bem montadas que a grande maioria das produções atuais.

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