Já tivemos os ruins, os divertidos. Mas aqui estão os bons. Não que qualquer outro filme que não entrou na lista não fosse bom. Mas abaixo estão os filmes que são realmente ótimos. Que mereciam ser vistos por todos aqueles que gostam de cinema neste ano que passou.
Certamente não assisti a todos os filmes e muitos dos excelentes foram perdidos por mim. É uma pena. Mas ninguém é onipresente e aqui estão os filmes que eu consegui assistir e que mais valeram a pena neste ano que passou.
Sete Psicopatas e Um Shih-Tsu – Passou desapercebido nos cinemas e em menos de um mês já estava na Netflix. Uma pena, pois a piada sobre Hollywood e o cinema como um todo é das mais inspiradas. O filme parece misógino a princípio, então começa a fazer piada disso. Tem uma cena inesquecível do Christopher Walken xingando a polícia.
Amor – Considero este um filme de terror. Os monstros: a doença degenerativa da mulher e as vontades do homem. Alguns trechos carregam profundo terror e medo. Tudo, é claro, proposital. Michael Haneke é um mestre do estilo e nos passa perfeitamente o mal-estar da situação.
O Som ao Redor – O diretor Kléber Mendonça Filho faz de seu primeiro longa um dos grandes filmes da história do cinema brasileiro. Retrato assustador da classe média brasileira. Nunca ficar em casa sem conflitos foi tão aterrorizante.
A Caça – Surpreendente reaparição de Thomas Vintenberg com filmes que chamam a atenção. A Caça é extremamente incômodo. O tema estupro é colocado em choque com o fato de que crianças mentem. A dúvida nunca deve ser deixada de lado e a suposição de mal pode ser burra. A incrível cena em que o protagonista enfrenta o seu antigo amigo em busca de um pedido de desculpas é uma das mais fortes do ano.
Segredos de Sangue – Referência ao meu favorito do Hitchcock, Segredos de Sangue foi um esbanjar de talento. Um diretor que cria cenas esplendorosas, montagem inteligente e elaborada e um elenco poderoso. O resultado, de longe um dos melhores filmes do ano. A cena de Mia Wasikowska no chuveiro é inesquecível.
Frances Ha – Um filme sobre uma mulher em busca de sua maturidade. Pode ser sobre otimismo inquebrável ou sobre tristeza onipresente. Talvez seja sobre os dois. A verdade é que Frances Ha é uma obra sobre a vida. Nada é para sempre e poucas vezes a solução será algo diferente do que se estende à sua frente.
Rush: No Limite da Emoção – É bom ver um filme de qualidade do Ron Howard. Abrindo mão de seu melodrama padrão, o diretor conta a história de dois homens opostos que conseguiram ensinar um para o outro o valor de estilos diferentes. Além disso, conseguiu fazer com que a Fórmula 1 fosse mais interessante em seu filme que no mundo real.
Os Suspeitos – O filme replica tão bem o desespero por trás da perda de crianças que, até agora, não encontrei uma pessoa que tenha filhos que não tenha ficado desesperado enquanto o via. Fotografia, ambientação e roteiro elaborados. Facilmente, um dos melhores do ano.
Capitão Phillips – Lembrado pela potente interpretação de Tom Hanks. É impossível não ficar emocionado com seus últimos minutos em cena. Antes disso, o diretor Paul Greengrass equilibrou o peso dos acontecimentos e não deixou que seu filme fosse tomado pelo maniqueísmo fácil. Lindíssimo.
Gravidade – As críticas negativas focavam-se na ideia de que o filme cria visuais belíssimos sem significado. Mas, quanto mais repensei o filme e o estudei, mais significado encontrei nas imagens. Entretanto, cinema é subjetivo e a verdade é que o Gravidade que aquelas pessoas assistiram provavelmente é tão ruim quando descreveram.
Outros filmes merecem ser lembrados, como Questão de Tempo, O Conselheiro do Crime, Lovelace, O Lugar Onde Tudo Termina, Faroeste Caboclo, Dentro da Casa, Anna Karenina, O Vôo, Azul é a Cor mais Quente e O Lado Bom da Vida. Todos são excelentes, mas não chegaram ao nível dos filmes listados. Ainda assim, merecem mais atenção que a maioria das produções que recebemos por aí.
GERÔNIMOOOOOOOOOO…