O ex-militar Jack Reacher (Tom Cruise) está de volta em um novo filme. Desta vez, ele retorna a Washington para jantar com uma major, Susan Turner. Quando chega à cidade, descobre que ela foi presa acusada de espionagem. Desconfiado de que isso não seja verdade, Reacher começa a investigar e acaba descobrindo uma grande conspiração.
Jack Reacher: Sem Retorno – sequência de Jack Reacher: O Último Tiro – tem Edward Zwick (O Último Samurai e Diamante de Sangue) na direção e coautoria do roteiro, inspirado na obra de Lee Child. Richard Wenk e Marshall Herskovitz são os outros roteiristas. O elenco conta com Tom Cruise, Cobie Smulders (Major Turner), Aldis Hodge (Espin), Danika Yarosh (Samantha) e outros.
Um Reacher mais humano é apresentado ao público. O ex-major agora vaga pelos EUA e acaba se envolvendo em investigações pelo caminho. Quando vai para Washington, descobre a existência de Samantha, uma jovem de 15 anos que pode ser sua filha, que também passa a ser perseguida por essa possível ligação. Este acontecimento, principalmente, mostra uma maior sensibilidade no personagem.
A sequência traz menos ação e não é iniciado em um ritmo tão rápido, se comparada ao primeiro filme da franquia. Reacher e Turner foram incriminados por crimes que não cometeram e, por isso, passam a ser procurados pela polícia militar. Eles, às vezes acompanhados de Samantha, fogem do Exército e de mercenários que os perseguem, ao mesmo tempo em que tentam desvendar um esquema de contrabando.
A fuga é a principal responsável pelas cenas de ação. Apesar de conter diversos clichês, um dos pontos altos do filme é a direção, que não deixa o espectador perder a compreensão e os detalhes dessas cenas. Em momentos de luta, por exemplo, o público muitas vezes se perde, devido aos cortes e à rapidez com que os movimentos ocorrem. Em Jack Reacher: Sem Retorno isso não acontece.
O longa-metragem tenta passar lições feministas, mas falha em momentos contraditórios à mensagem. Uma personagem com grande potencial, Susan Turner, é pouco explorada e acaba se tornando uma mera sidekick de Reacher. A presença de Samantha pode desapontar os fãs que esperam prioritariamente por ação; no entanto, também pode agradar quem gosta de conhecer um lado mais sentimental de personagens. De qualquer modo, a possível filha participa de algumas cenas de ação interessantes, e ambas as atrizes se destacam em suas interpretações.
No geral, a sequência é boa, apesar de o primeiro filme da franquia ser melhor. Um ponto interessante é que, além de ter cenas de ação, ela também apresenta muitos momentos divertidos, com algumas piadas e comentários cômicos. Mas, leitores, preparem-se para ver Tom Cruise – em seus 54 anos – com o rosto um tanto artificial (que claramente passou por cirurgia plástica). Ainda assim, continua sendo um ótimo ator, que não tem medo em dispensar dublês e entrega um bom resultado de interpretação.
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