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O Ataque

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Depois da cabine de O Ataque me peguei em uma discussão com os colegas sobre qual filme foi o melhor, este ou o Invasão à Casa Branca. Depois de pouco mais de uma hora de conversa percebi uma coisa muito interessante. São dois filmes iguais que servem a públicos diferentes.

A história é basicamente a mesma. John Cale, um antigo combatente do Afeganistão trabalha como segurança do presidente da câmara, mas almeja ser do serviço secreto trabalhando com a proteção do presidente do país. Quando vai para uma entrevista, a Casa Branca é atacada por um grupo desconhecido que elimina os seguranças do presidente. Sobra apenas Cale dentro do prédio para salvar o comandante chefe.

Os dois filmes são do sub-gênero Duro de Matar. Este ainda apela um pouco uma vez que o nome do protagonista é praticamente o mesmo. Ambos têm cenas copiadas descaradamente do clássico com o Bruce Willis, como helicópteros caindo no telhado, comunicação por rádio com pessoas do lado de fora e com os terroristas.

Invasão e Ataque. A mesma história copiada do mesmo filme.
Invasão e Ataque. A mesma história copiada do mesmo filme.

Mas este não comete alguns erros daquele. Ao mesmo tempo em que comete outros. O Ataque não se leva a sério demais, usando de gags bastante sem graça e repetitivas para brincar com a própria falta de lógica dos eventos. Mesmo que de vez em quando pegue pesado com algumas coisas, como um dos vilões apontando uma arma para a cabeça de uma criança. O tom sério demais destoa da comédia nonsense.

O protagonista do Channing Tatum é vulnerável e sofre um pouco para enfrentar cada inimigo que entra no seu caminho. Cada evento do filme é um perigo de verdade e o personagem não é o exército de um homem só.

Ao invés de o filme procurar os inimigos do mundo do momento, a Coréia do Norte, os antagonistas são americanos. Um grupo de mercenários representantes da indústria bélica dos ‘iunáited istêitis”. Eles fazem o golpe para derrubar uma proposta pacífica do presidente.

Capitólio Down. A grandiosidade de algumas imagens impressiona.
Capitólio Down. A grandiosidade de algumas imagens impressiona.

Ou seja, é um filme abertamente democrata. Mas é interessante ao criticar uma postura destrutiva assumida pela grande maioria dos estadunidenses. Fica ainda mais óbvio quando se nota que o presidente vivido pelo Jamie Foxx é o Obama.

O filme excede no patriotismo. Em certo ponto, a filha do protagonista sai correndo pelo meio de um incêndio balançando uma bandeira. Ponto no qual o filme cai no ridículo de vez. Se os exageros até então eram aceitáveis, quando essa garota faz essa maluquice o roteiro dá tchau e vai embora. Somos forçados a ver uma reviravolta final sem sentido com cenas exageradas que compõem uma patriotada desmiolada. Não fossem os últimos vinte minutos, o filme seria muito melhor, mas Roland Emmerich permite essa barriga que estraga o ritmo.

Tatum e Foxx tem uma boa química e o elenco de apoio está bem, mesmo com o texto que fica ruim com frequência. O James Woods está excelente, assim como a Maggie Gyllenhaal. É interessante ver o Jason Clarke como mercenário do mal. A decepção fica por conta do Richard Jenkins, que é um grande ator em um papel medíocre.

Ao final, percebi que aquele outro filme cai no ridículo ao ser de “exército de um homem só”. Enquanto este cai por ser focado nos efeitos especiais que forçam ao tentar ser grandioso. Os dois se permitem ser ruins para agradar um tipo de público diferente. Eu preferi O Ataque, assim como outros críticos da cabine preferiram Invasão à Casa Branca.

Quer ver patriotada com muita ação e efeitos especiais, recomendo fortemente.

 

ALLONS-YYYYYYYY…

3 comentários em “O Ataque

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