O mundo distópico e controlado por máquinas é explicado ao espectador pelos olhos e lembranças do jovem Kyle Reese (Jai Courtney) que, após ser salvo por John Connor (Jason Clarke), é criado por ele para combater a Skynet. O dia de derrotar o inimigo finalmente chega e a resistência consegue destruir o seu coração. Mas a vitória não poderia e não chegaria tão rápido. Como todo bom gênio do mal, a Skynet tinha sua garantia e enviou um exterminador para eliminar Sarah Connor (Emilia Clarke), mãe de John, no passado. Preparado para isso, John envia Kyle para o dia 12 de maio de 1984. Garante, dessa forma, a própria sobrevivência. Porém, segundos antes da viagem no tempo se completar, John é atacado e, supostamente, morto.
Ao voltar para 1984, Reese cria uma nova linha do tempo e altera o Dia do Julgamento, que deixa de ser em 1996 e passa para 2017. Nessa realidade, Sarah Connor é criada por um T-800 (Arnold Schwarzenegger) desde os nove anos de idade, numa relação pai e filha que cria sentimentos atípicos no ciborgue. Ela cresce como uma guerreira com destino traçado: Se apaixonar por Kyle Reese e “acasalar” com ele para que a existência de John Connor e, por consequência, da Resistência sejam possíveis. Sarah contraria as expectativas de Reese quando se mostra forte e mandona, capaz de se proteger e protege-lo.
O quinto filme é considerado um reinício da franquia. Após problemas legais depois de O Exterminador do Futuro: Salvação (que devia ser o início de uma nova trilogia) e a produção de um reboot falhar. Finalmente, a parceria entre Paramount Pictures, Skydance Productions e Annarpuna Pictures vai chegar às telonas. A direção ficou sob responsabilidade de Alan Taylor (Game of Thrones).
Nós somos apresentados a um novo John Connor, uma nova Sarah Connor, um novo Kyle Reese e uma versão “old but not obsolete” (jargão recorrente utilizado pelo ciborgue para se definir) do T-800, com a volta do tio Arnie à saga, que tem a entrada triunfal na trama ao lutar com sua versão 31 anos mais nova. O T-800 mais novo é a primeira decepção do filme, que cria a expectativa de ver esse ciborgue ser o trunfo da Skynet contra a Resistência, mas ele aparece por uns cinco minutos totais de tela. Vale ressaltar que o CGI ficou bem realista.
O T-800 papai. Velho, mas não obsoleto.
No quesito efeitos especiais, o destaque vai para uma cena com animação em partículas envolvendo John Connor e uma máquina de ressonância magnética. O espectro que marca as viagens no tempo e a regeneração dos diferentes tipos de ciborgues também são legais. Justificam a versão 3D, que parece ditar todo o visual do filme. A trilha sonora sustenta bem as várias cenas de confronto armado e destruição.
Já no quesito roteiro, poucas (ou nenhuma) novidades são apresentadas ao expectador. O que acontece é uma junção de fatos dos dois primeiros filmes da franquia, com um twist parcialmente revelado nos trailers. O Exterminador do Futuro: Gênesis já chega às telas desacreditado pelos fãs. Resta saber se o investimento em bons efeitos especiais e o charme do T-800 vão compensar.
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