Espaço, alienígenas, humanos, harmonia universal até que as coisas mudam e armas bélicas são envolvidas. Até aí, nada muito atípico no mundo cinematográfico, porém muito interessante para os amantes das galáxias. Será que Valerian e a Cidade dos Mil Planetas se destaca?
O filme é dirigido por Luc Besson (O Profissional e O Quinto Elemento). O roteiro também foi escrito por ele, com base na história em quadrinhos francesa Valérian and Laureline, de Pierre Christin e Jean-Claude Mézières, que foi criada em 1967 e finalizada em 2010. No elenco, estão os atores Cara Delevingne (Cidades de Papel e Esquadrão Suicida), Dane DeHaan (Poder Sem Limites e O Espetacular Homem-Aranha 2), Clive Owen (Filhos da Esperança e Closer), Ethan Hawke (Antes do Pôr-do-Sol e Dia de Treinamento), Sam Spruell (Guerra ao Terror e Branca de Neve e o Caçador), Rihanna (Annie), entre outros.
Um grande incômodo, pelo menos para mim, é o título do filme ser “Valerian”, visto que o personagem de DeHaan não é exatamente o foco da trama. Laureline rouba muito mais cena que o companheiro. E diversas histórias sobre povos extraterrestres são muito mais interessantes que o plot do major.
Há uma insistência desnecessária no romance entre Laureline e Valerian, que vem à tona durante quase todo o decorrer do longa-metragem. O envolvimento entre os dois realmente está presente na HQ e deveria estar no filme para fortalecer a fidelidade à obra original, mas aparece de modo exagerado.
Um grande destaque da montagem vai para uma cena que mostra um mercado que existe em outra dimensão. Para os turistas poderem vê-lo, é preciso utilizar um óculos semelhante ao de realidade virtual. Valerian e Laureline vão realizar uma missão no local, o que garante uma linda cena que mistura dimensões.
As atuações são boas, mas não vão além disso. Dane DeHaan definitivamente não está em seu ápice, mas até que convence. Ao contrário do que ouvi de vários críticos, creio que a aparição de Rihanna é um dos pontos altos da trama. Ela entrega em tela a divertida personagem Bubble, uma alienígena que consegue adquirir a forma de qualquer outra criatura. Uma das melhores cenas do filme é justamente o momento em que a cantora faz uma dança sensual para Valerian.
Visualmente falando, o novo longa-metragem de Besson é lindo. Thierry Arbogast (Lucy e diversos filmes do Besson) e Olivier Bériot (Lucy também) – diretor de fotografia e figurinista, respectivamente – fizeram ótimos trabalhos. Com mais de 120 minutos de duração, Valerian e a Cidade dos Mil Planetas enrola em demasia em cenas desnecessárias. No entanto, é uma história divertida e que envolve. Fãs da HQ, tentem ir com as expectativas moderadas, pois assim podem gostar mais do resultado final. E para os amantes do espaço, assim como eu, creio que sempre valha a pena assistir mais produções com essa temática.