O nome Stephen King é conhecido por muitos. O escritor americano – famoso principalmente pelos gêneros de ficção e horror fantástico – é responsável por grandes obras como Carrie, a Estranha, O Iluminado, Conta Comigo, À Espera de um Milagre, Sob a Redoma e A Zona Morta – todas essas adaptadas para o meio audiovisual. Agora chegou a vez da série de livros A Torre Negra, constituída por sete volumes, ganhar adaptação nas telonas.
A Torre Negra conta com a direção de Nikolaj Arcel (O Amante da Rainha), que coescreveu o roteiro com Akiva Goldsman (Uma Mente Brilhante), Jeff Pinkner (O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro) e Anders Thomas Jensen (Em um Mundo Melhor). Idris Elba (Círculo de Fogo e Luther), Matthew McConaughey (Clube de Compras Dallas e Interestelar), Tom Taylor (Doctor Foster), Claudia Kim (Marco Polo), Dennis Haysbert (24 Horas), Katheryn Winnick (Vikings), Nicholas Pauling (Borboletas Negras) e muitos outros fazem parte do elenco.
No centro do universo, a Torre Negra impede que os mundos sejam dominados pelo caos e a escuridão. No entanto, o mago Walter (McConaughey) – ou o “Homem de Preto” – tem como principal missão destruir o edifício e instaurar a maldade, que inclui a liberação de diversos demônios, universal. Para tal, precisa da ajuda do jovem Jake (Taylor), o único capaz de tal feito. Em oposição a ele, está Roland (Elba), o último pistoleiro, que jurou proteger a torre e há muito tempo luta contra o vilão.
“Eu não miro com a minha mão; aquele que mira com a mão esqueceu do rosto de seu pai. Eu miro com meu olho. Eu não atiro com a minha mão; aquele que atira com a mão esqueceu do rosto de seu pai. Eu atiro com a minha mente. Eu não mato com a minha arma; aquele que mata com a arma esqueceu do rosto de seu pai. Eu mato com o meu coração”. Este é o juramento dos pistoleiros, cujo proferimento é responsável por momentos, se não os mais, emocionantes do filme.
Tom Taylor definitivamente não foi uma boa escolha para dar vida a Jake. O jovem ator não consegue se expressar adequadamente em diversos momentos, fazendo com que emoções necessárias não sejam entregues em determinadas cenas. Ele não consegue convencer nem em momentos de profundo drama do personagem.
Idris Elba entrega um pistoleiro dominado pela sede de vingança de bom modo e é o grande destaque da produção. Matthew McConaughey faz um interessante trabalho ao expressar a psicopatia e personalidade tão peculiar de Walter. De resto, apenas Claudia Kim fez um trabalho notável, como a vidente Arra.
Com um roteiro colaborativo feito por tanta gente, é no mínimo curioso a trama não ter sido mais aprofundada. A escolha da duração de apenas 95 minutos não foi justa com A Torre Negra, que poderia ter tido um maior desenvolvimento de personagens, como de Roland, ou até mesmo a própria torre, que parece ter sido simplesmente jogada no texto. A insistência no maniqueísmo também foi outra decisão que comprometeu a obra.
A fotografia é boa, e a montagem também, mas poderiam ser melhores. Ainda assim, algumas cenas de ações são realmente legais de se assistir, apesar de completamente inverossímeis. Mas quem busca verossimilhança em uma produção desse gênero, não é mesmo? É um filme razoável, capaz de envolver o público, só que faltou muito para alcançar o verdadeiro potencial da história.
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